Por mais que a China seja uma das nações com maior densidade populacional e também o lar de grandes fabricantes como Xiaomi e Huawei, por exemplo, é muito difícil para empresas estrangeiras se firmarem no território de forma completa. Vide as dificuldades da Apple em se popularizar por lá e também a Google.

Mesmo com toda a popularização mundial da Netflix, a situação não seria diferente e muitas produções do catálogo (originais ou não) sofreriam forte censura do governo ditatorial. Mas após muito tempo de estudo, a companhia de Reed Hastings finalmente encontrou uma forma de se lançar no país e anunciou, na última terça-feira (25), uma parceria com ninguém mais, ninguém menos que a Baidu, um dos maiores motores de busca do mundo.

A China é um mercado importante por razões óbvias; é também um mercado desafiador por razões óbvias", revelou Robert Roy, vice-presidente de aquisição de conteúdo da Netflix em entrevista ao Hollywood Reporter.

Os termos do acordo não foram revelados, mas sabemos que tudo será feito na base do licenciamento com a empresa local iQiyi, pertencente ao Baidu. Ou seja, ao que tudo indica a marca Netflix não estará presente, mas apenas suas produções originais. Aliás, assim como já acontece nos aplicativos em geral e até mesmo com o papel higiênico do banheiro, tudo passará antes pela aprovação do governo.