Apple 31 Ago
CEO da Apple, Tim Cook disse que a empresa pode repatriar alguns dos bilhões de dólares que a gigante tecnológica detém em diversos países já no começo de 2017. A afirmação se dá após a Comissão Europeia, órgão da União Europeia, obrigar a firma norte-americana a pagar € 13 bilhões (R$ 47 bilhões) para o governo da Irlanda, que havia de bom grado feito um acordo de incentivo fiscal.
Nesta quinta-feira (01/09), Cook deu uma entrevista à emissora estatal irlandesa RTE dizendo que poderia começar a repatriar esse dinheiro como forma de cobrir o rombo causado pela cobrança de impostos retroativos. Cook também disse na entrevista de rádio que ele espera que o governo da Irlanda faça "a coisa certa" em relação a apelação feita. Por empregar dezenas de funcionários na Irlanda, o executivo acha justo que a companhia tenha uma cobrança menor de impostos.
O fisco da União Europeia, porém, considera ilegal o acordo que estabeleceu que a Apple pagasse taxas de 1% sobre seus lucros em 2013 e 0,005% em 2014.
A empresa fundada por Steve Jobs registrou em 2014 ter gasto 26,1% sobre os seus lucros a nível mundial em impostos. No entanto, as vendas continuam altas. Os impostos pagos no Reino Unido, por exemplo, equivale ao que ela fatura em duas horas de vendas globais.
A fama de sonegadora de impostos, no entanto, é antiga. A filial da Apple na China é acusada de dever US$ 71 milhões (R$ 230 milhões) referente a tributos de 2013, seriam ao menos US$ 964 milhões (R$3,1 bilhões) em impostos devidos na Itália e outro bom punhado de dólares ao governo norte-americano, além de outros milhões para a Austrália. O governo português também anunciou no fim de agosto que vai apurar se a firma está com os impostos em ordem.
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