Curiosidade 30 Nov
A Samsung já mostrou ao mundo seu conceito de smartphone dobrável, e a cada dia surgem novos rumores sobre o provável Galaxy F. Outras marcas, como a Oppo e a Sony, também já se movimentam em torno dessa tecnologia e é possível acreditar que essa será uma tendência para os próximos anos.
Porém, para que o aparelho possa surgir, alguns componentes precisam ser adaptados. A bateria é um dos casos, mas outro que merece atenção é o vidro que equipará o dispositivo. Como funcionaria um vidro dobrável? Ele teria a mesma tecnologia vista nos smartphones atuais?
Essa é a preocupação da Corning, fabricante de vidros que produz telas com a tecnologia Gorilla Glass, que resiste - quase sempre - a quedas e arranhões.
"Para ir a um raio de curvatura apertado, você tem que ter um vidro que é muito, muito mais fino do que o que você tem hoje e alguns dos vidros que temos em nosso laboratório são mais finos do que um cabelo humano",
Polly Chu, diretor de tecnologia da Corning.
Um dos modelos dobráveis da marca é um ultrafino que tem cerca de 0,1mm de espessura e pode dobrar quase pela metade como um pedaço de papel até um raio de 5mm. Não é o primeiro vidro dobrável que a Corning fabrica, mas é muito mais fino e muito mais flexível do que o vidro Willow que eles introduziram há alguns anos atrás. O corpo é tão fino que é possível confundi-lo com um pedaço de plástico.
Plástico, aliás, é um material que vem sendo considerado para cobrir displays de smartphones dobráveis. Mas o material tem desvantagens, como a propensão a arranhões, vincos e mudança de cor com o passar dos anos. Sobre isso, o executivo da companhia, John Bayne tem a sua opinião:
"Se você olhar para o que as pessoas exigem em seus smartphones hoje, resistência a riscos, resistência à queda, boas propriedades ópticas, ótima sensação tátil, acho que o vidro provavelmente ultrapassará o plástico como material de escolha"
John Bayne Vice-Presidente e Gerente Geral da Corning Gorilla Glass
A Corning fabrica vidros desde meados do século XIX, fornecendo vidros resistentes ao calor para lanternas e lâmpadas e, no século passado, passou a produzir tubos de TV. Para passar das lanternas para a tecnologia Gorilla Glass, a fabricante precisou evoluir.
Para fabricar o Gorilla Glass, a empresa precisa cozinhar os componentes do vidro em temperaturas ainda mais altas que as normais, e precisa de cuidados na hora de esfriá-lo para que não quebre.
O material ainda está em fase de desenvolvimento, ou seja, ainda levará um tempo para que seja visto em smartphones dobráveis
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