17 Novembro 2016
Uma das principais políticas que move o WikiLeaks é a transparência radical, a ideia de que o mundo precisa se livrar de segredos. Em certos níveis, a transparência pode ser usada para o bem, mas nem sempre todos os resultados são positivos. A organização também tem usado essa política em práticas um tanto questionáveis, como ocorreu hoje.
O site publicou 19.252 e-mails dos principais membros do Comitê Nacional Democrata dos EUA, muitos dos quais incluíam informações pessoais sobre os doadores, incluindo cartão de crédito, números de segurança social, e números de passaporte. Essas pessoas pouco ou nada tem a ver com os problemas e escândalos em que os políticos tenham se envolvido.
Visitando a página do WikiLeaks DNC e-mails, qualquer um pode ver as informações usando uma simples busca, com palavras como "contribuição". Centenas de resultados serão listados, muitos e-mails não criptografadas com endereços de e-mails de doadores, residência, números de telefone, números de segurança social, números de passaporte e cartão de crédito.
Essa publicação foi divulgada através do Twitter da organização. O vazamento é parte de uma série de informações compartilhadas pelo WikiLeaks sobre Hillary, que iniciou em março com um arquivo de mais de 30.000 e-mails e anexos.
RELEASE: 19,252 emails from the US Democratic National Committee https://t.co/kpFxYDoNyX #Hillary2016 #FeelTheBern pic.twitter.com/Pft8wnOujl
— WikiLeaks (@wikileaks) 22 de julho de 2016
Anteriormente, o WikiLeaks também já publicou informações pessoais de civis inocentes. Grupos de direitos humanos já solicitaram que a organização removesse nomes de civis afegãos em 77.000 documentos militares secretos publicados online.
Outros defendem o WikiLeaks, considerando esse tipo de vazamento como "dano colateral", ou um tipo de "mal necessário". Estes acreditam que mesmo que tais vazamentos prejudiquem pessoas inocentes, a culpa deve ser dirigida a quem é responsável por atos que motivaram o vazamento, em primeiro lugar.
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