A Kodak, empresa que foi criada pelo responsável pelo filme fotográfico no século 17, George Eastman, está falida. Nesta semana dois grupos de empresas apresentaram a quantia que acham que valem as patentes que a empresa possui sobre fotografia. A quantia está muito abaixo do que a empresa quer e o desfecho desta venda pode acirrar as brigas judiciais entre Apple e o mundo.

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De acordo com o jornal The Wall Street Journal, a Kodak espera levar US$ 2,6 bilhões - quase R$ 5 bilhões - na venda de todas as patentes registradas pela empresa. O problema é que tanto o grupo em que o Google está, quanto no que a Apple está, ofereceram valores muito abaixo do esperado: algo entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões - aproximadamente R$ 303 milhões e R$ 500 milhões respectivamente.

Mesmo com valores baixos, estamos no início do leilão e isso é comum neste tipo de negociação. Os primeiros valores sempre são os inferiores. Em um leilão de patentes da Nortel, o Google inciou os lances em US$ 900 milhões e fechou a compra em US$ 4,5 bilhões.

De acordo com fontes ouvidas pelo jornal americano, qualquer valor acima dos US$ 500 milhões será o suficiente para levar os registros de patentes para casa. Infelizmente o leilão ocorre dentro da justiça estadunidense e o valor final da negociação será revelado apenas no dia 13 deste mês, com o nome do comprador.

Ao todo são 1.100 patentes que serão vendidas em dois lotes. Um dos lotes acomoda patentes sobre a forma com que a foto é registrada, o outro trata do armazenamento e análise de imagens digitais. O valor que a Kodak precisa para se reestruturar e voltar ao mercado é de US$950 milhões - quase R$ 2 bilhões.

Se a Apple levar as ações, poderá brigar em outros aspectos com a Samsung. O mesmo pode ocorrer com o Google, que terá novas armas em seu processo e também para futuras defesas. Além disso, a Apple briga na justiça por dez das 1.100 patentes que ela diz serem suas. Estes registros são de produtos que foram criados em parceria com a Kodak.