23 Janeiro 2015
Google e Microsoft geralmente vivem em lados opostos, mas desta vez se uniram para fazer frente a uma medida tomada pela indústria hoteleira dos EUA. Vários hotéis do país estão buscando autorização da Comissão Federal de Comunicações para bloquear as redes Wi-Fi pessoais dos hóspedes.
Este verão, a Associação Hoteleira Marriott entrou com um pedido ao FCC, órgão regulador das redes de comunicação nos EUA, para declarar que a rede Wi-Fi disponível nos hotéis tem que ser gerenciada pelo estabelecimento. Redes próprias dos usuários acabam poluindo o sinal e gerando insegurança para quem deseja acessar à internet no local.
"Operadores de rede Wi-Fi deve ser capaz de gerenciar suas redes, a fim de prestar um serviço de Wi-Fi segura e confiável para os hóspedes nas suas instalações", argumentaram.
Na época, a Marriott estava sob investigação por causa de reclamações dos consumidores por supostamente bloquear o uso de redes hotspot usadas em smartphones para transformar o sinal 4G em Wi-Fi. Era usado um equipamento que anulava o sinal. Assim, os hospedes teriam que usar a rede do hotel que era paga. A empresa chegava a lucrar mais de U$ 1 mil por dia só com acessos a rede local.
Em outubro, a Marriott teve que pagar uma multa a FCC por tal prática, mas argumentou que a medida foi tomada apenas para proteger os usuários que estavam hospedados no hotel. “Hotspots wireless desonestos podem causar degradação do serviço, além da ocorrência de ataques cibernéticos insidiosos e roubo de identidade” – comentou a empresa.
Após tal acontecido, Google e Microsoft vêm se unindo com outras gigantes da tecnologia para evitar que tal prática ilegal também seja adotada por outras redes hoteleiras.
Comentários