29 Agosto 2016
Parece que as matérias jornalísticas sobre o "direito de ser esquecido" podem também ser esquecidas pelo mecanismo de busca da Google. Nesta semana, a gigante de buscas recebeu uma ordem para remover links de algumas novas matérias sobre a lei que dá o direito de esquecimento, válida para cidadãos da União Europeia.
A lei europeia dá aos europeus o direito de pedir à gigante para remover links sobre eles, caso considerem conter informações inadequadas e irrelevantes. Porém, isso está se tornando polêmico e dando à companhia de Mountain View algumas dores de cabeça.
Um homem anteriormente pediu para a Google remover links que davam acesso a informações sobre ele, incluindo uma condenação por um delito de quase uma década atrás. A Google cumpriu a regra do velho continente e removeu de sua base de dados os tais links para os sites contendo essas informações.
Acontece que algumas matérias sobre a lei do "direito de ser esquecido" mencionaram o caso e, claro, o sujeito em questão. Ou seja, não adiantou muita coisa e o cidadão deve essas informações expostas, talvez de forma ainda pior. Ao buscar o nome do sujeito, essas matérias aparecem nos resultados.
Então, claro, o cidadão pediu para que a Google também removesse esses links. Mas há um problema, por que tratam-se de artigos jornalísticos que a companhia de Mountain View considera relevantes, e ela recusou-se a excluir dos resultados de buscas.
Segundo o órgão do Reino Unido que enviou a ordem à Google, a pessoa entrou com o pedido para remover apenas os links que mencionam o seu nome. Daí, vale chamar a atenção dos jornalistas europeus que não querem ter suas matérias sobre o assunto removidas das buscas da Google: não mencionar nome de pessoas que querem ser esquecidas.
A Google ainda teve que lutar contra o pedido da França, que queria que a companhia aplicasse globalmente medidas da lei do "direito de ser esquecido"
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