O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) não gostou muito de um ranking divulgado pela Netflix no começo de outubro. No documento, consta que o Brasil é um dos 10 países com a pior conexão do mundo. Índia, Filipinas, Costa Rica, Colômbia e Peru são outras nações com péssimo serviço oferecido aos clientes.

A entidade contesta a lista e fala que ele “não deve ser utilizado para comparação de acessos em banda larga entre países”. O SindiTelebrasil afirma ainda que o ranking da Netflix mede apenas a velocidade média de consumo do conteúdo da própria provedora de filmes e séries. A plataforma de streaming, no entanto, sempre deixou claro que o ranking considera apenas a velocidade da internet para quem assiste ao conteúdo lá disponibilizado em horário nobre.

O SindiTelebrasil diz que os números divulgados pela empresa de streaming entra em conflito com rankings adotados em outros países e usa o exemplo da Coreia do Sul, um dos países conhecidos pela qualidade da internet.

A Coreia do Sul, que possui das velocidades mais altas de acesso à internet, segundo vários índices respeitados internacionalmente, obteve uma velocidade média de 3,06 Mbps na última medição (feita pela Netflix). No ranking da Netflix, a Coreia do Sul tem a 19ª pior posição entre 41 países.

Segundo a empresa norte-americana, a velocidade média de transferência de dados, no Brasil, é de 2,57 mbps.

Até o momento, o Netflix ainda não se pronunciou sobre a contestação das teles.

A plataforma de streaming, que costuma fazer cada vez mais sucesso com as séries e filmes produzidas por ela mesma, já prepara uma série totalmente brasileira. A série 3% teve, inclusive, um trailer liberado. A produção, que estará disponível em 25 de novembro, tem no elenco Bianca Comparato, João Miguel e Zezé Motta. A direção fica por conta de Cesar Charlone, que já trabalhou em Cidade de Deus, Ensaio Sobre a Cegueira e O Banheiro do Papa.