Planos 23 Dez
Aos poucos o governo brasileiro vai abrindo espaço para a regularização da Internet das Coisas aqui no país. O primeiro passo será uma consulta pública para se discutir sobre o assunto, que tem como um dos grandes "obstáculos", a questão do roaming permanente, que tende a beneficiar bastante as teleoperadoras internacionais e, consequentemente, fazer com que a federação deixe de arrecadar milhões de reais em impostos.
Para exemplificar essa situação, o chip instalado em determinado produto para se conectar à internet chegará ao Brasil com a identificação da operadora de origem onde foi fabricado, ou seja, caso o roaming permanente seja aprovado, esse que já foi proibido pela Anatel, quem vai faturar com a conexão é a tal operadora.
Em virtude da Internet das Coisas, empresas como a AT&T e Verizon, por exemplo, têm pressionado a Anatel para que a medida seja revertida, inclusive se encontrando em fase avançada perante o órgão regulador, prestes a ser julgada pelo Conselho Diretor da agência.
Em resumo: dessa forma tais operadoras estrangeiras poderão utilizar seus próprios chips (já que não tem licença de celular no Brasil) nos produtos que chegarão para fazer a conexão com "as coisas".
Caso a Anatel aprove a mudança, operadoras brasileiras como as citadas no subtítulo - essas que chegam a pagar mais de 40% de imposto por chip - também podem se sentir 'prejudicadas' em uma disputa desigual. Na opinião de alguns especialistas, uam alternativa viável para ambas as partes é que tais companhias estrangeiras operem sob licença de MVNO brasileiro, e assim, usem um chip nacional.
É importante lembrar que a fabricante de carros BMW, ao se instalar em Santa Catarina, não encontrou outra solução a não ser a citada e instalar em seus automotivos o chip de operadoras nacionais. Cabe à Anatel decidir sobre o tema e encontrar a melhor forma de não barrar o avanço da IoT no país.
Comentários