07 Dezembro 2019
No Distrito Federal, Brasília, uma menina de 11 anos faleceu após sofrer uma parada cardiorrespiratória na última segunda-feira (19), decorrente a um choque elétrico enquanto utilizava o celular com o aparelho ligado à tomada. A garota, que não teve o nome divulgado, foi atendida no Hospital Regional de Ceilândia por três pediatras, um cirurgião e uma clínica médica, segundo a Secretaria de Saúde.
Durante uma hora e dez minutos a menina foi submetida a reanimação cardiopulmonar, mas não sobreviveu.
A família informou que ela levou um choque enquanto jogava em um celular ligado à tomada, carregando a bateria. De acordo com Juliana Leal, capitã do Corpo de Bombeiros do DF, a situação se agravou porque houve sobrecarga de energia. “O chão estava molhado e eles botaram um ventilador e um celular na mesma tomada e a menina tomou um choque fatal”, disse.
“As pessoas devem ter cuidado quando forem arrumar a casa para não deixar que a fiação entre em contato com a água. É importante também ter cuidado com as tomadas e não deixar sobrecarregar. Quando o carregador está estragado ou há problema de instalação elétrica, potencializa o risco de choque”, afirma Juliana.
Em conversa com a engenheira elétrica Marylene Roma, professora do Instituto Federal de Brasília, ela alertou para o riso de se utilizar o celular enquanto ligado à tomada. Ela diz que o risco quando a instalação da casa está deteriorada aumenta e muito. Extensões, que normalmente são plugados mais de um equipamento, são perigosos pois podem causar sobrecarga na tomada. "Às vezes, colocamos até dez vezes mais carga que o suportado por uma tomada", disse.
Ela afirma que, ainda que a criança estivesse usando um celular, nesse caso, o mesmo poderia acontecer se ela estivesse jogando vídeo-game, por exemplo. Ela recomenda que a instalação elétrica da casa seja revisada regularmente por um profissional especializado. “Não se deve atender o celular na tomada, nem puxar o cabo do aparelho enquanto carrega ou usar baterias e carregadores que não sejam originais”, acrescenta Marylene.
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