28 Janeiro 2016
A justiça do estado de Nova York pode em breve colocar em ação uma lei que obrigará fabricantes de smartphones, pensando especialmente na Apple que é com sobra a mais popular nos Estados Unidos, a tornarem seus aparelhos inseguros, tanto para autoridades quanto cibercriminosos.
De acordo com a proposta que deve ir a voto em breve, a criptografia dos smartphones deverão conter maneiras de serem quebradas caso necessário. Caso desrespeitada, a lei prevê uma multa de US$ 2,500 por aparelho vendido, o que é impraticável mesmo para a Apple. Matthew Titone, o responsável pelo projeto de lei, a justifica dizendo:
"O fato é que apesar do software atual aumentar a privacidade para alguns usuários, ela também travam a possibilidade das autoridades de ajudar vítimas. Toda a evidência contida em smartphones e aparelhos similares serão perdidos para as autoridades enquanto criminosos usam senhas em seus dispositivos. É claro que eles farão isso. Resumindo, aparelhos com senha tornam mandatos inúteis e encorajam criminosos a agirem com impunidade"
O debate sobre criptografia se tornou um dos mais relevantes nos últimos anos. Por um lado, as autoridades afirmam que a criptografia facilita a ação de criminosos, sempre referenciando a famosa "quem não deve, não teme". Por outro, as empresas de tecnologia afirmam que as mesmas técnicas utilizadas pelas autoridades para a quebra da criptografia também servirão para usuários mal intencionados. Cibercriminosos poderão tirar grande proveito disso, tendo o processo de roubo de dados sendo enormemente facilitado.
Além disso, o fato dos smartphones não serem completamente criptografados não significa que isso não seja possível caso o usuário tenha conhecimento suficiente ou pague quem tenha. Ou seja, quem realmente ficará a mercê do bom senso das autoridades são os usuários comuns.
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