Tech 25 Jul
Pesquisadores do MIT criaram um novo sensor capaz de detectar a presença de gases tóxicos. A grande vantagem é que este novo modelo funciona com smartphones e é de baixo custo. Uma ótima opção para trabalhadores de indústrias químicas, por exemplo, ou pesquisadores que buscam por níveis de gases em acidentes industriais ou ataques com bombas químicas.
Soldados também usam esse tipo de equipamento com frequência, e podem encontrar neste novo modelo uma solução mais adequada para suas tarefas. Segundo Timothy Swager, o líder do grupo de pesquisa responsável pelo projeto, soldados carregam "um equipamento extra que acaba pesando demais". Nós temos algo que pesa menos que um cartão de crédito".
Além de ser muito mais leve do que os produtos existes que fazem a mesma tarefa, este novo sensor é eficiente na detecção dos gases tóxicos. Ele pode encontrar esses elementos no ambiente em concentrações realmente muito pequenas, como 10 partes por milhão (0,001% da composição do ar ambiente).
As vantagens não param por aí. Além de eficaz, minucioso e leve, o sensor custa apenas cerca de cinco centavos de dólar para ser fabricado. Certamente será muito fácil para profissionais especializados na área adquirirem um modelo desses.
Mas como é essa tecnologia? O sensor foi desenvolvido como um circuito de nanotubos de carbono que, por sua vez, são revestidos por um polímero que isola sua alta condução de eletricidade. Esses polímeros são extremamente sensíveis aos gases e, ao entrar em contato com eles, se decompõem, o que acaba com o isolamento dos nanotubos de carbono.
Assim, estes nanotubos altamente condutivos que até então estavam isolados, são expostos, e fazem com que circuito "perceba" essa alteração de resistência e envia um sinal NFC para um smartphone ou dispositivo próximo, avisando da presença do gás.
Soldados já utilizam equipamentos compatíveis com NFC, o que faz com que os custos de implementação da nova tecnologia sejam bastante reduzidos, de acordo com Swager. Nas indústrias químicas, também não seria difícil, e mesmo aquelas que não possuem tecnologia NFC, podem implementá-la sem muitos custos adicionais, em comparação com equipamentos atuais que são muito mais caros e pesados, e necessitam de operadores treinados.
No entanto, ainda há um caminho a ser trilhado pelos pesquisadores. O sensor ainda precisa ser testado em situações controladas de uso real e eles planejam criar um aplicativo para oferecer informações mais detalhadas sobre os gases detectados.
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