Apple 23 Jan
A Austrália começou a implementar o reconhecimento biométrico facial, da íris e da impressão digital nos aeroportos, permitindo que os viajantes passem sem mostrar um passaporte ou até mesmo falar com ninguém. O projeto batizado como "Seamless Traveler" tem como objetivo criar uma "experiência de auto-processamento rápida e perfeita para até 90% dos passageiros", para que o controle de fronteiras possa se concentrar em turistas classificados como de "alto risco".
O prático e invasivo plano de sondagem permitirá que os viajantes internacionais se sentam em um voo doméstico, isto é, quando viaja dentro do mesmo território em que seu passaporte permite.
O sistema substituirá o SmartGates de passaporte, que foi implementado na nação há apenas dez anos. O plano do governo para implementar a biometria pode ser um toque ambicioso.
No Brasil, alguns aeroportos (como Guarulhos e Campinas, ambos em São Paulo) também contam com sistema de leitura de passaportes e reconhecimento facial, mas apenas para brasileiros. Estrangeiros que visitam o país necessitam, obrigatoriamente, passar por fiscais da Polícia Federal. Veja como o funcionamento é resumido:
Os e-gates são equipados com sistemas que permitem checar as informações do passaporte brasileiro que possui chip eletrônico e fazer o reconhecimento biométrico-facial do passageiro. Uma vez confirmado que o documento é autêntico e a pessoa é a titular do passaporte, os portões se abrem automaticamente, permitindo o acesso à área de embarque sem a necessidade de um agente da Polícia Federal. Todo o processo é controlado remotamente pela PF, que poderá intervir caso ocorra alguma situação anormal.
Apesar de toda tecnologia envolvida nestes sistemas biométricos, eles também são sujeitos a falhas. Recentemente, um jovem da Nova Zelândia comentou que não conseguia renovar o passaporte porque o robô dizia que ele estava de olhos fechados - o cidadão é de origem oriental. Um porta-voz do Departamento de Assuntos Internos daquele país disse que muitas fotos são rejeitadas pelo software, com até 20% de recusas. Ou seja, há muito ainda o que calibrar nestes serviços. É o que comprova, inclusive, o teste criado com a intenção de burlar a biometria.
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