
HTC 09 Mai
23 de maio de 2020 91
Temos dois grandes sistemas operacionais de celular no mundo, o iOS da Apple e o Android do Google. O iOS, seja qual for o iPhone que você pegue na mão, vai saber reconhecer e ver que são idênticos de um ano para outro.
Porém, sabemos que muitas fabricantes no mundo trabalham em parceria com o Google e implementam o Android em seus smartphones. Para se diferenciarem e não ficar tudo a mesma coisa, cada um deles prefere colocar uma interface sua por cima do Android limpo que o Google oferece.
E é daí que vemos surgir coisas como OneUI, MIUI, EMUI, LG UX e tantas outras variações do Android. Você quer saber o que cada uma tem de melhor? Quer aprender quais as diferenças entre elas? Acompanhe então este TudoCelular Entenda.
Pare para imaginar como seria chegar a uma loja, se deparar com aquele mar de Androids e, ao ligar um aparelho atrás do outro, ver que todos têm o mesmo visual, as mesmas funções. De quê serviria termos tantas marcas?
Isso pode até funcionar com os poucos iPhones lançados por ano com iOS, mas com as centenas de aparelhos Android que chegam ao mercado todo ano, isso seria a receita para o desastre. Por isso, o Google a as fabricantes acordaram que haveriam modificações.
O Google deixa disponível um Android básico, chamado AOSP, que é open source e gratuito, qualquer um pode baixar e mexer. As fabricantes usam esse Android para deixarem com a sua cara e colocar mais funções. Depois, compram do Google os direitos de usar também os apps da empresa. É nessa última parte que a Huawei tem tido problemas.
Assim, todas essas fabricantes têm Android, mas conseguem mudar o visual, adicionar e retirar funções e dar um toque particular que faz com que os usuários prefiram esta ou aquela marca. Mas quais são as mais famosas e como são?
Começando por uma das mais famosas atualmente, a MIUI é a interface da Xiaomi sobre o Android, e está no grupo das que mais modificam a versão do Google como um todo. Desde o começo, a Xiaomi sempre procurou deixar a MIUI parecida com o iOS, se inspirando um pouco demais no sistema da Apple em visual e até em algumas funções.
No início de sua vida, em 2010, quando surgiu apenas como uma ROM customizada, a ideia era adicionar coisas que o Android básico não tinha, como backups na nuvem, mas imitava a Apple ao não ter gaveta de apps, algo que mudou há pouco tempo.
Ela permite modificações com temas ao mesmo tempo em que tenta deixar tudo o mais simples e limpo possível, sendo geralmente bem leve, com a adição de navegação por gestos. Por outro lado, tem a péssima tradição de contar com anúncios pelo meio do sistema.
Atualmente, em sua versão mais recente, a MIUI 12, ela está com uma central de notificações que se parece muito mais com a do iOS do que com um Android. É uma interface que conta com muitos aplicativos próprios da empresa, além dos tradicionais do Google.
É uma boa opção para: quem gosta de mudar o visual do sistema, precisa de smartphones mais básicos que rodem bem e que queira ter muitas funções para fuçar.
Depois da TouchWiz, que era mais pesada e poluída, a Samsung renovou o visual da sua versão do Android, e trouxe a OneUI, atualmente na versão 2.1. O grande destaque dela é ser melhor pensada para telas grandes, uma moda que não acaba no mundo dos Androids.
É uma interface elegante, com alguns itens que lembram de longe o Android original, como a central de atalhos com bolinhas. Trabalha bastante com a cor azul, mas é outra que permite largo uso de temas, fontes e modificadores de visual.
Traz muitos aplicativos da própria Samsung, que acabam sendo duplicados com os que já vêm instalados do Google e até Microsoft. Possui melhorias com funções infinitas espalhadas pelo sistema, encontradas no meio das configurações.
Uma função muito boa é o AlwaysOn, que mantém informações na tela mesmo quando está desligada, economizando bateria e melhorando o uso. Foi na interface antiga que a Samsung fez essa função ficar popular e ser adotada por quase todos os concorrentes, até mesmo o Google.
Apesar de ter estética simples, não consegue ainda performar como deveria em aparelhos mais básicos, e traz, além do Google Assistente, sua própria assistente virtual Bixby, que chegou recentemente ao português.
É uma boa opção para: quem gosta de mudar o visual do sistema, deseja um top de linha com muitas funções e mais liberdade que no iOS e que quer ter um sistema popular e cheio de outros usuários.
A Motorola resolveu que não daria nome a esta sua última interface. Primeiro, para escapar da má fama da anterior, Motoblur, e também para se conectar mais à ideia de que sua interface é muito próxima do Android AOSP.
E essa é a ideia aqui. A Motorola coloca raros aplicativos extras, diferente da MIUI e da OneUI, e um dos poucos que aparecem é o Moto App, justamente onde a fabricante coloca a maior parte das funções extras que disponibiliza.
A mais popular delas é a função que ativa a câmera ou lanterna ao chacoalhar o aparelho, uma marca registrada da empresa. Seu aplicativo de câmera também traz outros adicionais da empresa, com modos criativos de foto.
Mesmo sendo parecida com a versão mais simples do Android, há algum tempo deixou de ser leve e não é a melhor para aparelhos mais simples. Permite poucas modificações no visual, e não se abre a temas e fontes diferentes. Costumava ser uma das que mais rápido eram atualizadas para o último Android, mas não é mais assim.
É uma boa opção para: quem não quer muitas funções no sistema, e prefere colocar extras instalando aplicativos. Boa para quem tem pouca intimidade com tecnologia e não quer clicar em nada errado.
Apesar de o seu nome anterior ser Optimus UI, não há como dizer que a LG mudou muito sua interface ao longo dos anos. No geral ela, assim como a Xiaomi se espelha no iOS, costuma se inspirar bastante na Samsung.
Sua versão atualmente mais popular tem um aspecto limpo, mas acaba ficando com um visual mais pesado por conta das fontes, que podem ser modificadas, embora tenham poucos temas disponíveis.
A próxima versão, que chega em cima do Android 10 – mas que não chegou para quase ninguém –, será também bem similar à OneUI, partindo para mais transparências, porém. A LG UX também trabalha com mais conteúdo na parte inferior da tela e também permite personalizar a tela AlwaysOn.
Traz alguns aplicativos próprios que ficam duplicados com os do Google. Como vantagem, tem funcionado muito bem com os smartphones mais simples da empresa, deixando suas linhas de entrada entre as que performam melhor junto aos rivais. Há muitas funções presentes, bastante coisa a ser configurada e coisas que poderiam ser retiradas.
É uma boa opção para: quem procura um smartphone de entrada que seja barato e que tenha bom desempenho. Os que não querem Samsung mas curtem o conceito da OneUI vão gostar da interface da LG.
É difícil passarmos por uma interface que não tenha sofrido grandes mudanças nos últimos dois anos, e a ZenUI é mais um desses casos. Seguindo um pouco a Samsung e Xiaomi, tinha excesso de funções, era pesada e pouco elegante.
Passou por uma repaginada e está mais leve e limpa, seguindo muito mais os conceitos do Android AOSP. Agora, conta com menos funções, mas as retiradas eram pouco úteis, e ficaram muitas outras que permitem uma boa personalização do sistema.
Por ser mais básica, recebe mais facilmente atualizações, e traz bom desempenho. Traz muita coisa do Android que encontramos no Pixel, como inteligência artificial para melhorar o uso da bateria. Ainda possui alguns aplicativos próprios, mas no geral se livrou da maioria em detrimento dos do Google.
Tem uma cara mais divertida como o Google do Pixel, mas ainda mantém a possibilidade de modificar o visual com temas e traz funções próprias, como o aplicativo para gerenciamento de jogos.
É uma boa opção para: quem não quer ir muito longe do Android do Pixel, mas não quer perder características que ele não tem, como temas e aplicativo de câmera com mais funções.
Chegamos na interface que está presente nos smartphones da chinesa Huawei, pelo menos enquanto ela usar o Android. A EMUI vem de "Emotion UI" tem um ar mais modificado assim como a MIUI da Xiaomi, e lembra até um pouco a antiga ZenUI, só que com uma pegada muito mais leve e organizada.
Conta com ícones coloridos, quadrados e grandes espaçados na home e na gaveta de aplicativos. A área de atalhos traz ícones redondos, mas também grandes e espalhados. Permite algumas modificações na interface e traz muitas funções para serem ajustadas.
Assim como a ZenUI nova, conta com muito trabalho de otimização por trás das cortinas, usando inteligência artificial. Algumas funções incluem gestos diferentes, como usar o nó do dedo para capturar imagens, dividir tela e outros, e há vários tipos de navegação.
Para funcionar de forma mais leve em aparelhos mais simples, a Huawei costuma retirar funções que exigem mais do hardware, o que acaba funcionando. Infelizmente, há muitos aplicativos duplicados da Huawei, e devem aparecer muito mais, já que ela precisa de alternativas com a proibição de usar os do Google
É uma boa opção para: os que gostam de interfaces bem modificadas e curtem o trabalho da inteligência artificial no otimização. Quem procura funções por gestos em tops e não acham um Motorola também ficará feliz.
Os Pixel do Google não vendem oficialmente no Brasil, mas sua interface merece uma menção por vir da nave-mãe. Assim como outras fabricantes, o Google pega o AOSP e coloca funções exclusivas, mas aqui ela mantém muito do visual, que é mais colorido e divertido.
Apresenta uma interface leve, e que atualmente possibilita mínimas mudanças, como formato de ícones e algumas cores na interface, em seleções e nos atalhos. Sua vantagem está na profunda conexão com os serviços Google e por ser essa a interface que primeiro recebe as novidades da empresa para o Android.
É a que menos traz aplicativos nativos, sendo apenas os do próprio Google. Também trabalha com inteligência artificial e se arrisca em alguns gestos, como o de apertar o celular para ativar o Google assistente.
É uma boa opção para: quem quer personalizar o aparelho com funções de aplicativos, quer uma interface muito leve e não quer perder nenhuma novidade do Google, com versões sempre atualizadíssimas do Android.
Nossa última interface é parecida com a do Pixel, mas o Android One é como uma experiência Pixel em outras marcas. Possui gaveta de aplicativo branca, ícones redondos e pouquíssima possibilidade de personalização.
É muito leve, e era projetada apenas para smartphones intermediários, mas hoje já integra aparelhos mais poderosos, como alguns da Nokia. Motorola e Xiaomi também já usaram essa interface que não depende delas para ser atualizada, apenas do Google.
Isso faz com que, supostamente, o Android One receba atualizações mais rapidamente, já que não existe o dedo das fabricantes no processo, mas a verdade é bem diferente disso. Vem com poucos aplicativos extras, apenas alguns que as marcas colocam para diferenciar.
Por ser cuidado pelo Google, não importa a marca que você escolha com Android One, a interface e os recursos serão 90% iguais.
É uma boa opção para: quem tem pouca intimidade com tecnologia, quem adora sistemas leves e estáveis, sem bugs, não liga para poucas funções e para quem compra Nokia, porque outras marcas não estão atualizando como deveriam.
E se você não curte a cara de nenhuma dessas interfaces, se quer mudar um pouco de ares e enjoou do visual do sistema do seu celular, launchers estão aí para isso. No Android, você pode procurar na Play Store uma infinidade de aplicativos que mudam coisas como a home do aparelho e a gaveta de aplicativos, trazendo até algumas funções extras.
Uma das mais famosas é a Nova Launcher, mas também temos a Lawnchair, Microsoft, Poco launcher e muitas outras para você explorar.
Curtiu? Algumas ficaram de fora, como a Realme UI, da Realme, a OxygenOS de OnePlus, Color OS da OPPO, Xperia UI da Sony e outras, mas como são menos populares por aqui, ficamos com as mais conhecidas. Qual interface você usa? E qual delas mais gosta? Deixe a sua resposta aí nos comentários! Eu fico por aqui e até a próxima!
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