Em uma postagem publicada recentemente em seu blog oficial, a Google confessou que, em setembro deste ano, a sua equipe dedicada a encontrar aplicativos maliciosos na Play Store identificou um malware bastante assustador circulando em sua loja de apps. Batizado como Tizi, o vírus chegou a ser baixado por vários usuários ao redor do mundo, infectando principalmente smartphones da Quênia e da Nigéria.

Uma vez instalado no celular, o Tizi cria uma brecha que pode ser usada por crackers para extrair seu histórico de ligações, fotos e conversas de mensageiros famosos, incluindo WhatsApp, Facebook, Viber e até mesmo o Telegram. Além disso, o malware também é capaz de enviar, de forma autônoma, uma mensagem SMS ao criminoso contendo a sua localização de GPS, tal como ativar remotamente a câmera e o microfone do aparelho.

De acordo com a Google, os aplicativos contendo o vírus foram prontamente eliminados e os usuários que baixaram algum software contaminado foram notificados pelo celular — o Tizi não é capaz de adentrar em um celular que recebeu a atualização de segurança do Android de abril, mas, como todos nós sabemos, a fragmentação do SO dificulta que todos os seus utilizadores tenham acesso aos últimos patches oficiais.