
Android 13 Dez
13 de dezembro de 2017 14
Nos últimos meses, youtubers estão preocupados com o sistema de monetização da plataforma de vídeos do Google. Alguns vídeos não são mais elegíveis para exibição de anúncios, o que significa que o criador desses conteúdos não receberão renda através deles.
Isso parece ter sido parte de uma crise com as empresas que injetam dinheiro na plataforma, que acabou culminando em um boicote das empresas anunciantes há vários meses, o que ficou conhecido como adpocalypse.
No último fim de semana, no entanto, um vazamento misterioso apareceu para esclarecer o que o YouTube está fazendo com a monetização em sua plataforma.
A empresa aparentemente alterou algumas de suas regras, que ditam quais tipos de conteúdos perdem o direito de exibir anúncios. Porém, em um comunicado ao TudoCelular, o Google alegou que não alterou suas políticas, mas acrescentou que "para garantir uma melhor comunicação, nós recentemente melhoramos as notificações e o processo de apelação".
Mesmo assim, as regras sobre o que pode impedir que um vídeo possa gerar receita para seu criador são pouco claras, e isso tem gerado críticas sobre como a empresa está tratando do assunto.
Recentemente, o YouTube incluiu novos ícones para mostrar aos criadores se os vídeos estão sendo monetizados, mas alguns episódios causaram bastante polêmica, como esta ocasião em que a empresa proibiu a monetização em um vídeo voltado à caridade.
Agora, o mistério sobre as condições para que um vídeo possa ser monetizado finalmente pode ter sido revelado, graças a um vazamento de informações internas sobre o sistema. Uma conta no Twitter foi criada só para a divulgação desses dados, e no início desta semana vários youtubers famosos confirmaram algumas informações.
De acordo com as publicações no Twitter, o YouTube contratou uma empresa terceirizada para avaliar os conteúdos publicados na plataforma, e também para lidar com as avaliações manuais solicitadas pelos criadores. Essa é uma opção que os youtubers têm para recorrer quando acreditam que a desmonetização de seus vídeos foi um engano.
Acontece que é nessa opção que as coisas se complicam. O vazamento afirma que a empresa terceirizada foi orientada a usar uma política de pouca tolerância e, em caso de dúvidas sobre a desmonetização ou não, a ordem é executar o bloqueio dos anúncios.
Além disso, o indivíduo terceirizado que estiver avaliando um vídeo pode usar seus critérios pessoais para bloquear anúncios, caso não fique claro se o conteúdo fere ou não as políticas da plataforma. Ou seja, o avaliador tem o direito de desmonetizar um vídeo por simplesmente "acreditar" que ele é inadequado.
Para esses casos, o critério é bem subjetivo. Analistas foram instruídos a desmonetizar vídeos que lhes causariam desconforto caso fossem exibidos em público, ou vídeos com temas sensíveis como suicídio, depressão e doenças mentais.
Também fica a critério dos avaliadores vídeos criados ou promovidos por grupos extremistas políticos ou religiosos e que contenham cenas assustadoras ou desagradáveis. Aparentemente, a ideia é que os analistas possam ser tão sensíveis quanto o público geral a este tipo de conteúdos.
Outros tipos de conteúdos que podem ser desmonetizados de forma mais objetiva, via de regra, são:
No entanto, há um lado que pode aliviar para muitos criadores - e descontentar outros, principalmente aqueles alinhados à direita no espectro político. Para liberar anúncios, o YouTube orientou os avaliadores a não usar critérios pessoais nos seguintes casos:
Aparentemente, há duas empresas terceirizadas para realizar esse serviço - a ZeroChaos e a Appen, sendo que esta última foi confirmada pelo site CanalTech
Outro tema do vazamento é uma suposta reunião secreta realizada em 2016, nos escritórios da Google em Los Angeles, incluindo alguns criadores de conteúdo renomados (nomes não foram revelados). O objetivo teria sido discutir políticas de redução dos conteúdos inadequados para os anunciantes. Daí surgiriam as novas políticas e medidas para desmonetização.
Nessa reunião, os presentes concordaram que não deve existir censura ou o exclusão arbitrária de canais considerados tóxicos - dentre os quais teriam sido citados o Scarce, DramaAlert, Onision, LeafyIsHere, e outros. mas que algo deveria ser feito.
Meses depois, alguns canais considerados impróprios começaram a notar a mudança na política de monetização. Além disso, as medidas adotadas na época incluíram a redução de alcance dos criadores, minimizando sua aparição em sugestões ou na página inicial do YouTube.
Isso parece ter relação com o episódio em que canais de youtubers LGBT ficaram misteriosamente "escondidos". A empresa mais tarde explicaria que seu sistema não estava funcionando como deveria.
O YouTube não se pronunciou sobre os vazamentos, e o esperado é que assim permaneça - em silêncio.
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