Rumores 12 Abr
Atualização em 15/04/2019 - por CM
Após o atentado na Nova Zelândia, autoridades correram para rever as leis de porte de armas no país, e providências foram tomadas de forma energética muito rapidamente. Agora, dando mais um passo visando a prevenção desses episódios, alguns países querem legislar sobre como redes sociais podem permitir o carregamento de vídeos em suas plataformas, já que elas acabam servindo de palco para a disseminação desses atos.
Talvez buscando se antecipar, o Facebook agora decidiu por apertar as regras ao menos para quem deseja transmitir ao vivo: em breve, quem já sofreu alguma sanção por violação de regras ou disseminação de discurso de ódio não poderá mais transmitir ao vivo. A plataforma não informou, porém, se esse impedimento será temporário ou definitivo.
A rede social também não informou quando as regras entram no ar, mas deverão vir rapidamente para agradar governos como o australiano, que já corre em conversas com Twitter e Google na intenção de sinalizar vídeos com conteúdo extremista no YouTube e no microblog.
As novas regras podem ainda ficar limitadas a algumas regiões, mas claro, a empresa de Mark Zuckerberg deverá sinalizar os usuários afetados quando as novas medidas entrarem em vigor.
Vale lembrar, recentemente foi descoberta uma rede de compra e venda de dados bancários na plataforma, que vendia livremente cartões de créditos de terceiros obtidos através de golpes. Só no Brasil essas comunidades somavam 400 mil membros.
Acompanhe mais informações sobre o atentado na Nova Zelândia a seguir:
Artigo original de 18/03/2019
YouTube: cópia de vídeo do massacre na Nova Zelândia é carregada a cada segundo
A equipe no YouTube tem trabalhado constantemente para conter a divulgação do vídeo do massacre na Nova Zelândia. No entanto, essa tarefa tem sido mais difícil do que o comum. Isso porque, de acordo com a plataforma, uma cópia da gravação foi carregada no serviço a cada segundo, nas horas seguintes ao tiroteio.
Segundo o diretor de produtos do YouTube, Neal Mohan, os usuários remontavam ou recortavam versões do ocorrido para upar no site, após a remoção de dezenas de milhares. Como consequência, a ferramenta de vídeos do Google precisou tomar medidas mais drásticas.
“Como seus esforços falharam, a equipe finalmente adotou medidas sem precedentes – incluindo a desativação temporária de várias funções de pesquisa e o corte de recursos de revisão humana para acelerar a remoção de vídeos sinalizados por sistemas automatizados. Muitos dos novos clipes foram alterados de maneiras que superaram os sistemas de detecção da empresa.”
Neal Mohan
Diretor de produtos do YouTube
Feito para viralizar na internet, o massacre foi transmitido ao vivo no Facebook pelo assassino. A rede social chegou a bloquear a conta e retirar as imagens da internet, mas também sofreu com as réplicas de outros usuários.
Conforme informou a empresa de Mark Zuckerberg, foram removidos automaticamente 1,2 milhão de vídeos – por software, durante o upload –, enquanto outros 300 mil precisaram ser deletados de forma manual.
Na última sexta-feira (15), mesma semana do ocorrido em Suzano, atiradores atacaram duas mesquitas em Christchurch, na ilha sul da Nova Zelândia. Ao todo, eles deixaram 49 mortos e 48 feridos.
Você acredita que o YouTube agiu corretamente para bloquear os vídeos do massacre mais rápido? Comente conosco!
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