O Redmi Note 10 já chegou com destaque em sua bateria que rende muito tempo fora da tomada. Por sua vez, o Redmi Note 11 foi lançado para manter a característica do antecessor e promete melhorar outros quesitos.

Será que a proposta para esta geração mais recente consegue formar um conjunto superior ao antecessor, principalmente no que diz respeito à autonomia? O Comparativo do TudoCelular vai te responder agora.

• Design
• Multimídia e recursos
• Desempenho
• Bateria
• Câmera
• Preço
• Conclusão

Redmi Note 11

Começando pelo design, não temos uma grande evolução entre gerações. O Redmi Note 11 continua com o bloco vertical de câmeras, que agora está um pouco maior, mas ainda destaca a lente principal com um aro cromado. Já na frente, não temos mudança no tipo de notch, ou seja, o formato em furo na tela está mantido.

O corpo do modelo novo é ligeiramente mais compacto que o antecessor, mas o peso se mantém o mesmo. A construção também não mudou, então temos material em plástico tanto nas laterais como na traseira. Pelo menos, o acabamento de trás agora é fosco, para melhorar a pegada e deixar o visual mais premium.

Redmi Note 10

A Xiaomi não quis alterar a posição do leitor biométrico, que segue integrado ao botão de energia, nem a presença de uma certificação IP53, para proteger contra poeira e respingos de água.

Outro detalhe está na possibilidade de expandir o armazenamento por meio do slot dedicado para microSD. Isso significa que o usuário não precisa escolher entre um segundo chip de operadora e o cartão de memória, por exemplo. Tanto o Wi-Fi como o Bluetooth são de quinta geração, enquanto o NFC permaneceu ausente da versão global.

Nos detalhes, o Note 11 fica com o primeiro ponto.

Tela

A tela continuou uma AMOLED de 6,43 polegadas, com resolução Full HD+. Em outras palavras, tanto o Note 11 como o Note 10 não decepcionam no brilho, para o uso fora de casa, nem nas cores vibrantes e no amplo ângulo de visão.

A princípio, pode até parecer que não houve avanço. Porém, a Xiaomi agora colocou uma taxa de atualização de 90 Hz no celular recente. Isso dá um ganho de fluidez nas animações do sistema e nos jogos compatíveis.

O aproveitamento frontal também aumentou, graças às bordas menores, só que a proteção Gorilla Glass se manteve na terceira geração.

O Redmi de 2022 pontua pelas evoluções consideráveis.

Som

Não é uma novidade que a chinesa tem investido bem na parte sonora dos seus intermediários. Ambas as gerações já contam com sistema sonoro estéreo, para fornecer maior imersão e melhor qualidade ao usuário, com dois alto-falantes.

A potência do áudio é decente neles, enquanto o equilíbrio fica melhor no Note 11. O Note 10 faz um trabalho satisfatório com sons médios e agudos, mas decepciona nos graves. Pelo menos, os dois contêm um conector P2 para usar fones de ouvido, apesar de que o acessório não vem na embalagem de nenhum deles.

É mais um ponto para o Redmi recente.

Sistema

O Note 10 sai da caixa ainda com a MIUI 12, enquanto o Note 11 já vem com a versão 13 da interface da Xiaomi. Porém, apesar da mudança de numeração, ambos contam com o Android 11. Isso é parte da política variável da Xiaomi, que nem sempre aplica a mesma versão do Android em mudanças do seu software.

Pelo menos, o Redmi mais novo agora tem uma fluidez maior, graças à tela de 90 Hz. O sistema ficou mais parecido com o iOS, com reformulação de widgets e estabilidade melhor em jogos. O painel AMOLED em ambas as gerações também permite explorar o modo escuro para economizar bateria.

Uma pena que a interface da chinesa ainda não conseguiu acertar no gerenciamento de memória RAM, um problema já conhecido na versão anterior. Outro ponto negativo em comum é a ausência do 5G neles.

Pelas melhorias, o Redmi Note 11 pontua aqui.

A Xiaomi não mudou a quantidade de memória RAM de um ano para o outro, mas atualizou a plataforma do Snapdragon 678 para o 680. Será que isso já ajudou a ter mais desempenho? Os nossos testes mostraram que sim. O Note 11 foi 20 segundos mais rápido no tempo total das duas rodadas, mesmo com problemas semelhantes no multitarefas.

Quando vamos para os benchmarks, vemos uma evolução discreta, porém existente, da geração mais nova. Em jogos, estes aparelhos não são próprios para ter grande performance para rodar na qualidade máxima. Pelo menos, o mais recente ainda pode chegar até 90 fps nos poucos títulos que conseguem explorar bem a tela.

Adivinha? Isso mesmo. Outro ponto para o Redmi Note 11.

Sabe aquela frase que diz “em time que está ganhando, não se mexe”? O Redmi Note 10 já foi conhecido como o “Rei em Bateria”. Por isso, a Xiaomi resolveu manter a mesma capacidade de 5.000 mAh para o Note 11. A autonomia continua muito boa, só que perdeu 40 minutos na duração total, como vimos nos nossos testes padronizados.

O suporte a carregamento de 33 W também continua por aqui. Só que desta vez, a Xiaomi foi capaz de reduzir o tempo na tomada para menos de uma hora. A diferença pode não ser tão grande assim para a geração anterior, mas não deixa de ser uma marca a se comemorar, já que temos aqui baterias com grande tempo de uso.

O Note 10 marca pela autonomia superior; e o Note 11 anota o ponto pelo carregamento mais rápido.

O conjunto fotográfico praticamente não mudou de um ano para o outro. Das quatro câmeras, a única alteração foi a principal, que passou de 48 MP para 50 MP. Mas não espere aqui um grande avanço na prática. Tivemos uma performance bem abaixo do ideal nos dois lados. As fotos saem com pouca nitidez, principalmente nas sombras. Ao menos, as cores e o contraste ainda ficam ok para a categoria.

A ultrawide deles faz apenas o esperado, que é capturar mais de cada cenário. Mas tenha em mente que as imagens aqui vão sair mais escuras e com ruídos bem aparentes. A macro deles não passa de um sensor básico, que peca pela baixa resolução e pela falta de foco automático. A de desfoque funciona bem neles, porém ainda longe da perfeição.

Sem grandes diferenças, ficamos no empate com as câmeras traseiras.

Fotos tiradas com o Redmi Note 11

Em vídeos, tivemos um retrocesso. Enquanto o Note 10 suportava gravações em 4K, o mais recente fica limitado a Full HD. Quando igualamos as resoluções, temos estabilização satisfatória e foco rápido. Só vai pecar a captura de áudio, que mesmo sendo estéreo, não apresenta uma qualidade tão alta.

O Redmi mais antigo pontua desta vez, por suportar filmagens em 4K.

Fotos tiradas com o Redmi Note 10

A resolução de 13 MP na câmera frontal permaneceu de uma geração para a outra, mas a qualidade diminuiu. Os acertos em cores e tom de pele no Note 10 agora tiveram uma queda no contraste e na nitidez, com selfies bastante suavizadas no Note 11. Ainda bem que o modo retrato continua eficiente. Os vídeos de frente seguem sem passar de Full HD.

O Redmi Note 10 anota mais uma vez.

Apenas o modelo de 2021 desembarcou no Brasil até o momento, na parceria da Xiaomi com a DL Eletrônicos. Ele veio ao país pelo preço sugerido de R$ 2.199. Contudo, no varejo atual, pode ser encontrado na faixa de R$ 1.400. O Note 11 também é visto em lojas online por importadores, na mesma faixa de valor do antecessor.

Não há grande distância entre eles. Por isso, ficamos com um empate.

Quando tudo se encaminhava para uma vitória larga do Note 11, o Note 10 mostrou que ainda é superior ao seu sucessor em vários pontos. O primeiro deles é a autonomia, já que suas otimizações ainda funcionam melhor para durar mais do que o celular recente. O conjunto de câmeras no geral também fica à frente, principalmente pelos vídeos em 4K e selfies com maior nitidez.

O Note 11 vai ficar acima se você quiser um smartphone mais compacto, com uma tela que tem taxa superior, um som mais equilibrado e um sistema recente, sem contar o desempenho mais rápido da sua plataforma. Mesmo assim, o mais novo tem o mesmo custo do antecessor, o que pode atrair quem prioriza uma alternativa mais barata e recente.

RESULTADO

Redmi Note 11: 8 PONTOS

• Design mais moderno e compacto
• Tela com taxa de 90 Hz
• Sistema sonoro mais equilibrado
• Software mais novo, fluido e com melhores recursos
• Desempenho mais rápido
• Bateria com menor tempo de carregamento
• Câmeras traseiras com qualidade semelhante de captura
• Vídeos com mais nitidez
• Selfies que registram mais detalhes
• Mesmo preço no mercado brasileiro

Redmi Note 10: 5 PONTOS

• Bateria com maior autonomia
• Câmeras traseiras com qualidade semelhante de captura
• Vídeos em 4K
• Selfies com melhor nitidez
• Mesmo preço no mercado brasileiro

Entre o Redmi Note 10 e o 11, você prefere qual? Que característica mais te chama a atenção em cada um deles? Comenta aí com a gente!

• O Redmi Note 11 está disponível na Amazon por R$ 899.
• O Redmi Note 10 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.