Lançamentos 26 Set
A Xiaomi anunciou vários novos celulares nos últimos dias, e o Xiaomi 14T Pro é uma opção focada em quem quer muita performance, construção de qualidade, conjunto de câmeras versátil e bateria com boa duração, sem precisar pagar muito por isso.
Vendido no mercado europeu por 800 euros, o aparelho já passou por análise completa com nossos irmãos do HDBlog, e vamos trazer um pouco do que você pode esperar do smartphone da Xiaomi caso ele chegue ao Brasil nos próximos meses.
O Xiaomi 14T Pro segue a boa qualidade de construção dos antecessores, com corpo em alumínio, traseira coberta por vidro e certificação IP68 para garantir uma resistência maior aos acidentes do dia a dia.
Ele não é exatamente o celular mais fino ou leve do mercado, com 8,39 mm de espessura e 209 gramas de peso, mas no geral a ergonomia é boa depois que você se acostuma.
Falando sobre o visual, beleza é algo relativo, mas o Xiaomi 14T Pro tem um design bastante genérico e que já foi visto em dezenas de outros modelos, inclusive da própria Xiaomi.
O módulo de câmeras quadrado fica no canto superior esquerdo da parte traseira, onde estão suas três câmeras e o flash LED. No meio deles fica a assinatura da Leica e detalhes sobre as lentas usadas.
O aparelho tem curvaturas nos quatro cantos do painel traseiro, o que ajuda na pegada, e as laterais planas também possuem quinas chanfradas para maior conforto. A única parte realmente reta é a tela, incluindo tanto o painel em si quanto o vidro que o protege.
Os botões de volume e energia estão na lateral direita, com esse último texturizado para ajudar a reconhecer. No topo temos um emissor infravermelho para controlar outros aparelhos, um microfone e uma saída de som, enquanto na parte de baixo temos mais uma saída de som, porta USB-C, gaveta para dois chips SIM e mais um microfone.
A tela é um dos destaques do Xiaomi 14T Pro. Ele traz um painel AMOLED de 6,67 polegadas com resolução 1.5K, taxa de atualização de 144 Hz e pico de brilho de 4.000 nits.
Como esperado, a tela é muito boa. O brilho automático geralmente chega no máximo aos 1.600 nits, mas já é suficiente para enxergar o conteúdo em ambiente externo. As cores são bem equilibradas, o vidro tem um nível controlado de reflexos e as certificações de conteúdo em HDR10, HEVC e Dolby Vision estão presentes.
A tela traz leitor de impressões digitais óptico, que funciona bem na maioria das vezes.
Tanto os alto-falantes estéreo quanto os microfones trabalham bem, capturando e reproduzindo áudio com qualidade, pouca distorção e bom nível de volume.
A linha T da Xiaomi sempre foi vista como uma variante focada em entregar alta performance por um preço mais baixo, e não é diferente com o 14T Pro.
Ele traz o Dimensity 9300 Plus da MediaTek como peça central de processamento, com nada menos que quatro núcleos Cortex-X4 de máxima performance rodando a até 3,4 GHz, e quatro Cortex-A720 a até 2 GHz. Você não entendeu errado, o chip não tem núcleos de eficiência, mas isso está longe de ser um ponto negativo e já já mostramos o porquê.
O chip trabalha em conjunto com 12 GB de RAM e até 1 TB de armazenamento, contando ainda com a potente GPU Immortalis-G720 MC12 de 12 núcleos, e vários chips próprios da Xiaomi para controlar consumo da bateria, carregamento, tela e câmeras.
O resultado é que o Xiaomi 14T Pro roda tudo da Play Store “com o pé nas costas”, indo desde apps de redes sociais e serviços de streaming até os jogos mais pesados e edição de vídeos em 4K com alta taxa de bits no CapCut.
Os testes mostraram performance superior até mesmo ao Snapdragon 8 Gen 3 e ao A18 Pro do iPhone 16 Pro, fruto do hardware potente e da boa otimização da Xiaomi no aparelho.
Na parte do software temos o Android 14 sob o HyperOS. O sistema evoluiu muito em relação às últimas versões da MIUI, mas ainda peca em trazer propagandas em alguns pontos, que precisam ser desativadas manualmente em configurações do sistema.
No geral temos uma interface fluida e com muitas opções de personalização, e que ainda oferece funções úteis de IA como apagador de objetos nas fotos, editor avançado com IA generativa para expandir imagens ou criar itens novos, e até o Circule para Pesquisar, que se popularizou na linha Galaxy da Samsung e chegará a ele em breve.
A política de atualizações da Xiaomi também merece destaque, com promessa de 4 grandes updates do Android e 5 anos de pacotes de segurança.
Câmeras nunca foram o ponto forte da linha T, mas a Xiaomi deu uma atenção maior nessa geração, incluindo até mesmo a assinatura, componentes e otimizações da Leica.
São três câmeras traseiras, com uma principal, uma ultrawide e uma telefoto, o que dá bastante versatilidade na hora de tirar fotos e gravar vídeos.
A câmera principal traz sensor Light Fusion 900 da OmniVision, com 50 megapixels, abertura f/1.6, estabilização óptica de imagens (OIS) e lentes Leica Summilux. É o mesmo conjunto visto no Xiaomi 14, então sim, você terá ótimas imagens nos mais variados ambientes.
A qualidade cai um pouco com os sensores auxiliares. A telefoto de 50 megapixels oferece zoom de 2,6x e até entrega uma qualidade legal em ambiente com boa iluminação, mas os ruídos são mais nítidos em locais internos ou escuros.
Já a ultrawide é a pior das três câmeras, com resolução de apenas 12 megapixels, sem suporte a gravação de vídeos em 4K a 60 fps, e sem autofoco. A qualidade vai ser suficiente em ambientes externos com boa iluminação, mas nada muito surpreendente mesmo em condições ideais.
A câmera de selfies também não empolga muito, trazendo sensor Samsung ISOCELL KD1 de 32 megapixels sem foco automático que registra bons retratos em ambiente controlado, mas não vai muito além disso.
Quando falamos do Dimensity 9300 Plus e seus núcleos de máxima performance você provavelmente se arrepiou inteiro pensando no consumo de energia, e é aqui que temos uma grata surpresa.
Graças aos vários chips auxiliares da própria Xiaomi, e à otimização feita pela marca, o consumo dos 5.000 mAh ficou bem dentro do aceitável nos testes com o Xiaomi 14T Pro.
Em um dia normal sem tantas exigências o consumo médio ficou na casa dos 6% por hora de uso, o que significa que você precisaria de pouco mais de 16 horas para esgotar a bateria do aparelho. Em uso intenso essa marca sobe para pouco mais de 9% por hora, o que ainda vai render mais de 10 horas de uso.
Um ponto curioso é que a Xiaomi não entrega mais o carregador na caixa com alguns de seus aparelhos, e isso afetou o 14T Pro. Usando um carregador da Motorola com 68 W de potência foi possível fazer o aparelho ir de 14 a 97% de carga em 38 minutos, então com o carregador oficial de 120 W você deve levar uns 20 minutos para fazer o tanque ir de 0 a 100%.
O Xiaomi 14T Pro é certamente um “quase top de linha”, pecando em poucos pontos que são justificáveis pelo preço mais baixo do que normalmente temos na categoria. Por 800 euros, ou cerca de R$ 4.800 em conversão direta, você vai levar para casa um aparelho com ótima tela, performance de ponta, boa duração de bateria, construção premium e câmeras competentes.
Para tirar o 10 só faltou uma tela com tecnologia LTPO para consumo ainda menor, e um cuidado maior com as câmeras ultrawide e frontal. O HyperOS também é um ponto polêmico, já que atrai fãs e haters, oferecendo boas opções de personalização e muitas funções, mas ainda com arestas a aparar em relação a propagandas e plugins. Ah, e tirar o carregador da caixa não foi nada legal também.
De qualquer forma, é certamente um aparelho que vale considerar se você estiver procurando por um celular novo, então resta esperar agora para ver se ele chegará ao Brasil oficialmente em algum momento.
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