13 Junho 2017
Depois de um post de uma youtuber chamada Rowan Ellis sobre um novo comportamento do modo restrito na plataforma de vídeos, muitas pessoas notaram que o filtro bloqueava vídeos contendo conteúdo relacionado à comunidade LGBTQ+. Durante o último fim de semana, as redes sociais foram bombardeadas com postagens de protesto de youtubers e seus seguidores.
Com isso, levantaram-se discussões sobre temas desde liberdade de expressão à importância desses canais para pessoas LGBTQ+ em situação de risco. Inicialmente, um porta-voz do YouTube disse simplesmente que "alguns vídeos que abordam assuntos como saúde, política e sexualidade podem não aparecer para usuários e instituições que optarem por usar esse recurso".
Em uma postagem no blog dedicado aos criadores de conteúdos do YouTube, a vice-presidente da plataforma, Johanna Wright, afirmou na última segunda-feira (20) que "devemos e vamos fazer um trabalho melhor".
Este recurso não está funcionando da maneira que deveria. Lamentamos e vamos corrigi-lo.
Embora alegando que apenas 1,5 por cento do tráfego vem com o modo restrito ativado, Wright também disse que, por uma questão de princípios, o acesso a "conteúdos importantes e diferentes pontos de vista" devem ser permitidos.
O YouTube já desbloqueou manualmente alguns vídeos em que o sistema cometeu "erros no entendimento do contexto e nuances", mas também escreve que levará tempo para implementar mais mudanças.
Hoje, cerca de 1,5% das visualizações diárias do YouTube vêm de pessoas que têm o Modo restrito ativado. Mas sabemos que não se trata de números; é sobre o princípio de qualquer pessoa ter acesso a conteúdos importantes e pontos de vista diferentes.
Acrescentando que "não há nada mais importante para nós do que ser uma plataforma onde qualquer pessoa pode se sentir em casa, ter uma voz e falar quando eles acreditam que algo precisa ser mudado", Wright agradece os usuários por sua ajuda para "manter a comunidade do YouTube ativa e empenhada em tópicos importantes".
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