Um homem na Suíça está sendo processado por curtir determinados posts no Facebook, de acordo com o jornal local The Local. O réu, de 45 anos, curtiu oito posts que acusavam Erwin Kessler, o presidente de uma associação de proteção aos animais (conhecida pela sigla VgT), de racismo e antissemitismo.

Os posts foram feitos e publicados por outras associações que tinham a intenção de se destinguir da polêmica VgT, já que Kessler tem um histórico de envolvimento com grupos neonazistas. Incomodado, Kessler decidiu processar este homem acusando-o de difamação. Em tese, as curtidas ajudaram aqueles posts a alcançar mais pessoas. Caso seja sentenciado culpado, o réu poderá trocar a prisão por uma multa.

O caso, se os juízes seguirem sentenças anteriores, pode terminar em arquivamento. Em 2016, um jornalista da Suíça foi processado no país por dar retuítes em frases ofensivas. A Justiça decidiu que a redistribuição dos tweets não era passível de punição.

O processo corre em Zurique, a maior cidade daquele país. Ainda de acordo com o The Local, mais internautas também foram passíveis desta "perseguição jurídica" de Kessler:

No entanto, o advogado do réu argumentará que Kessler já foi condenado por discriminação racial, e que ele e sua associação estão atualmente perseguindo outras oito pessoas em cinco casos semelhantes.

Aqui no Brasil este tipo de processo é também comum, mas ocorre normalmente em usuários que postam mensagens que irritem outras pessoas. O governador do Estado de São Paulo, por exemplo, está bravo com tuiteiros que, segundo a defesa do político, "extrapolaram os limites da liberdade de expressão".