
Android 28 Abr
28 de abril de 2017 126
Não deu certo o plano do prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), de garantir um meio para transportar trabalhadores durante a paralisação geral desta sexta feira, 28, que afeta os meios de transporte público.
Conforme noticiamos ontem, as empresas Uber e 99 ofereceriam caronas gratuitas durante o dia para aqueles que não aderiram à greve em protesto contra as reformas Previdenciária e Trabalhista propostas pelo governo de Michel Temer.
Acontece que a ideia partiu do prefeito, que fez uma proposta com as duas empresas, mas elas acabaram recuando. O prefeito também afirmou que iria cortar o ponto de quem não fosse ao trabalho.
De acordo com a reportagem da Folha, o plano era que os aplicativos fizessem uma doação à prefeitura, reembolsando os motoristas que optassem por trabalhar durante o dia, para que as corridas fossem gratuitas.
O sindicato da categoria, que representa cerca de 129 mil trabalhadores, declarou adesão à greve.
Ainda de acordo com a Folha, a assessoria de imprensa da Prefeitura disse que "não foi possível obter a gratuidade" , mas que foi por causa do pedido da Prefeitura que as empresas se dispuseram a oferecer desconto nas corridas para todos os usuários.
"Com relação ao transporte dos servidores, a Prefeitura esclarece que negociou com as empresas de transporte individual, porém não foi possível obter a gratuidade. Entretanto, em decorrência do pedido da Prefeitura, as empresas de aplicativo 99 Taxis e Uber se dispuseram a oferecer um crédito de R$ 20 para duas viagens realizadas, nesta sexta-feira (28), a todas as pessoas que precisem trabalhar - um total de R$ 40 ao dia."
Sobre a promessa de Doria de cortar o ponto dos servidores que não forem ao trabalho, não houve resposta.
A notícia de que as empresas de transporte individual entraram em acordo com a prefeitura gerou uma reação negativa de internautas durante a semana, acusando as empresas de favorecer o governo para furar a greve. A 99 e Uber afirmaram não ter tomado partido, mas sim buscado uma solução para os que iriam trabalhar e aos que optassem por ir à manifestação contra as reformas.
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