Com um mercado cada vez mais saturado, os celulares atualmente são quase onipresentes, com opções para todos os nichos e bolsos.

No entanto, é justamente neste mar de aparelhos eletrônicos que mora a grande controvérsia, já que levando em consideração o número de telefones no varejo e preços que extrapolam a realidade de países emergentes, a fabricação de réplicas ganha destaque de maneira alarmante.

Como indica a última pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por especialistas de 34 países em prol da economia de livre mercado, um em cada cinco celulares e um em cada quatro consoles de jogos fabricados no mundo são falsificados.

O conselho aponta que o comércio de bens de TICs (Tecnologia de Informação e Comunicação) representa cerca de 6,5% do total, bem acima da média de 2,5% dos produtos falsos em geral, números com base nos relatórios de mercadorias apreendidas em países distintos.

A publicação destaca que a venda de réplicas/produtos “piratas” no cenário tecnológico de comunicação respondia por cerca de US$ 143 bilhões em 2013 – ano base da pesquisa em questão – algo em torno de R$ 330 bilhões naquela época.

Os analistas afirmam que esta participação se deve à natureza amplamente globalizada das indústrias de TICs. Além de celulares e vídeo games, outros produtos que aparecem também como parte deste segmento são: cartões de memória, equipamentos de som, cartões magnéticos, drives de memória, baterias, transistores e placas lógicas.

Como principal origem dos eletrônicos falsos, o documento reporta China e Hong Kong, salientando ainda que dois terços dos envios de tais réplicas são feitos pelos correios. A OCDE diz que os direitos de propriedade mais afetados com esta empreitada são de empresas finlandesas, japonesas e norte-americanas, que sentem o impacto nos lucros.