27 Agosto 2017
Depois de mais de 21 horas de teste com a bateria do Moto E4 Plus, finalmente trazemos o nosso teste oficial de velocidade e desempenho com este dispositivo. Vamos ver como este aparelho se sai, com seu chipset MediaTek MT6737.
Antes de iniciarmos, é bom ter em mente que não dá para esperar muita coisa de um smartphone de entrada. O que podemos ver aqui é uma boa otimização, que permite rodar suave mesmo sem um hardware parrudo. Vamos lá descobrir.
Vamos começar com o nosso tradicional teste de velocidade. Para quem não conhece, abrimos 12 aplicativos um após o outro, cronometrando o tempo total que leva para isso. Depois, a gente realiza uma segunda rodada de abertura, que serve pra ver se o aparelho consegue manter os processos em segundo plano acessíveis com rapidez.
O TudoCelular mantém um padrão com os seguintes aplicativos: cronômetro, que dá a partida, câmera, galeria, configurações, FaceBook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Adobe Photoshop Mix, Pokémon GO e Asphalt 8. Esse padrão é mantido para podermos comparar todos os dispositivos que testamos.
O Moto E4 Plus não foi muito bem no teste. Ele levou 1min48s na primeira volta, e mais 1min42s na segunda, recarregando praticamente todos os aplicativos abertos anteriormente. No total, foram 3min30s, o que mostra que os apenas 2GB de memória RAM podem fazer alguns usuários sofrerem.
Em testes de benchmark, começamos com o AnTuTu, no qual o Moto E4 Plus cravou apenas 23.208 pontos. A pontuação baixa se deve, principalmente, à experiência do usuário. Além de, novamente, a memória RAM. Isso, claro, comparando com os resultados que obtivemos recentemente com o Quantum YOU, que traz o mesmo chipset.
Na segunda ferramenta que utilizamos, o GeekBench, temos análise da CPU e da GPU. No primeiro caso, o teste fornece um resultado do trabalho de um núcleo do processador agindo sozinho e outro de todos eles juntos.
Lembrando que o MT6737 tem quatro núcleos, o Moto E4 Plus somou 551 pontos no single-core e 1.554 no multi-core. Já na GPU, foram 946 pontos. Todos ficaram na mesma faixa do Quantum YOU, apesar de um pouco abaixo.
Agora vamos ver algumas ferramentas que testam exclusivamente o desempenho da placa gráfica. O 3D Mark faz sucessivas renderizações pesadas no dispositivo para ver com ele se sai. Utilizamos o Sling Shot Extreme do aplicativo, como tem sido recomendado.
E o smartphone de bateria gigante da Motorola conseguiu 108 pontos, melhor que o Quantum YOU, mas dentro da faixa de oscilação desses testes.
O GFX Bench é outro teste de GPU, no qual medimos as taxas de quadros por segundo em dois testes, chamados Manhattan e T-Rex. No primeiro, fizemos um teste com a tela ligada, usando a resolução HD, nativa do dispositivo. Aqui, o E4 Plus conseguiu 3,4 fps, taxa que cai para 1,4 com a tela desligada, na resolução Full HD.
No T-Rex, que é um pouco mais leve, foram feitos os mesmos testes: resolução HD com a tela ligada e full hd com a tela desligada. E os resultados foram, respectivamente, de 11 e 6 fps.
E para encerrar, os testes mais práticos com jogos. Utilizando a ferramenta Gamebench, medimos a taxa de quadros por segundo que o dispositivo consegue rodar três dos mais populares títulos da Google Play: Asphalt 8, Modern Combat 5 e Subway Surfers.
O primeiro deles, de corrida, foi o mais difícil de conseguir fazer rodar. Deu algum bug no jogo que não saía da tela de cadastro da idade e gênero, mas no final conseguimos fazer o jogo funcionar. E, como esperado, o E4 Plus rodou o Asphalt 8 em apenas 14 fps, igualando o Quantum YOU. Mesma coisa no Modern Combat 5, com 23 fps.
Já no Subway Surfers, o dispositivo da Motorola ficou um pouco abaixo de seu concorrente brasileiro, com 53 quadros por segundo. Ainda é bem satisfatório para a maioria dos usuários, especialmente os que devem adquirir um aparelho como este.
Assim como o Quantum YOU, o Moto E4 Plus é um smartphone desenvolvido para um público menos exigente. O desempenho do aparelho é satisfatório para a categoria de entrada, apesar de entregar uma experiência abaixo da de seus concorrentes.
Outro grande problema aqui é o preço desse dispositivo, que foi lançado a R$ 949, apenas R$ 50 a menos que o Moto G5, que já se insere na categoria intermediária, com o Snapdragon 430.
Mas sabemos que o grande trunfo desse aparelho não é o desempenho, mesmo. No objetivo de nosso teste, conseguimos ver que ele está dentro do esperado, e que o fato de ter apenas 2GB de memória RAM realmente atrapalha bastante no uso de muitos aplicativos ao mesmo tempo.
Comentários