Na última terça-feira, o FBI afirmou, por meio de seu agente especial Christopher Combs, não ter conseguido acessar dados do iPhone do atirador que matou 26 pessoas em uma igreja na cidade de Sutherland Springs, no Texas. Agora, a Apple ofereceu ajuda para descriptografar o aparelho.

A ‘Maçã’ teria aceitado dar o suporte à agência americana após ver a coletiva de imprensa que divulgou a respeito da tentativa dos investigadores em desbloquear o smartphone.

Em um comunicado divulgado pela gigante de Cupertino à imprensa, ela diz que “imediatamente chegou ao FBI após saber da sua coletiva de imprensa na terça-feira que os investigadores estavam tentando acessar o celular”. A Apple disse que ofereceu assistência e até prometeu “acelerar [a sua] resposta a qualquer processo legal”. Ela acrescentou que “trabalha com a aplicação da lei todos os dias” e “oferece treinamento a milhares de agentes para que eles entendam [seus] dispositivos e como eles podem rapidamente solicitar informação da Apple.”

O jornalista John Paczkowski ainda reforçou em sua conta do Twitter que o FBI em momento algum pediu a ajuda da Apple. Esta veio por sua própria vontade oferecer o auxílio à agência.

So ...
FBI didn't reach out for assistance. Apple contacted agency. if iPhone with TouchID, contact established AFTER 48 hour window for touchID closed. finger could have been used to unlock (if touch ID enabled). https://t.co/BgVhfT8TdZ

— John Paczkowski (@JohnPaczkowski) November 8, 2017

FBI x Apple

Não é de hoje o embate entre a agência de inteligência norte-americana e a fabricante de iPhones. No ano passado, após negativa de ajuda por parte da ‘Maçã’, o FBI conseguiu um método para acessar o aparelho bloqueado apreendido por um dos atiradores de San Bernardino.

A Apple não gostou e procurou meios de saber qual foi a ferramenta usada para isso. Agência e fabricante foram à justiça, e a decisão foi favorável ao FBI. A juíza decidiu que o recurso utilizado deveria ser mantido em segredo.