Android 29 Abr
Ao lado da Sony (ainda como Sony Ericsson), Nokia e Samsung, a Motorola era uma das fabricantes de maior renome no cenário nacional e internacional quando o assunto era celulares. Devido a inúmeros erros de estratégias que não vamos citar nesse momento, a companhia acabou "perdendo a mão", tendo sua divisão mobile adquirida em 2011 pela Google pela bagatela de US$ 12.5 bilhões em uma negociação que surpreendeu o mercado.
Mais um vez repetindo esse fato, no ano de 2014, mais precisamente no mês de outubro, a fabricante chinesa Lenovo desembolsou US$ 2,9 bilhões adquirindo - sendo o maior negócio de smartphones na época - para a comprar a empresa da gigante de Mountain View. Contudo, um detalhe chamou bastante a atenção, já que as patentes da Motorola foram "excluídas" da negociação.
Passados esses anos, a Lenovo conseguiu cumprir o seu papel de tornar a Motorola novamente uma marca poderosa no mercado (pelo menos aqui no Brasil). Apesar dessa tarefa ter sido iniciada pela Google, segundo afirma Yang Yuanqing, CEO da companhia, em entrevista ao The Wall Street Journal, essa missão foi mais difícil do que eles inicialmente pensaram:
Nós subestimamos as diferenças da cultura e do modelo de negócio", revela o executivo.
Por conta da pressão do governo chinês de que empresas locais como a Lenovo, Xiaomi, LeEco e várias outras investissem mais no exterior, além de ser influenciada por ter sido a número um em vendas na China, a fabricante do Vibe K6 Plus não pensou em duas vezes em adquirir a Motorola e repetir a parceria de sucesso com a IBM no ThinkPads.
Contudo, passados dois anos após a negociação, o mesmo não aconteceu com a Motorola. A tentativa de transformar a marca em referência a smartphones acessíveis não deu certo por motivos óbvios, assim como investir em aparelhos top de linha também não, já que a Apple já desempenha esse papel por lá.
O resultado de tudo isso foi que a companhia chinesa se viu obrigada a demitir mais de 2.000 funcionários nos Estados Unidos e ainda lidar com a queda para a 8ª posição no ranking global de maiores fabricantes mundiais.
Resumindo: a Lenovo achou que seria mais fácil lucrar com a Motorola, mas o efeito foi exatamente o contrário.
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