Cientistas do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) anunciaram nesta semana que quebraram um novo recorde de precisão com dois relógios atômicos. Isso porque os equipamentos são tão precisos que conseguem detectar sinais de gravidade e até mesmo a matéria escura.

Para quem nunca ouviu falar deste tipo de equipamento, a tecnologia por trás de um relógio atômico funciona como uma rede óptica composta de feixes de laser que prendem átomos de itérbio. Cada átomo tem uma frequência vibracional consistente e isso oferece aos cientistas a capacidade de medir como eles transitam entre dois níveis de energia.

Como forma de melhorar a estabilidade, incerteza sistemática e a reprodutibilidade, os cientistas ainda compararam dois relógios atômicos diferentes. Assim, novos marcos históricos de desempenho foram captados usando essas três medidas principais.

A incerteza sistemática é o quanto o relógio pode representar as vibrações naturais dos átomos capturados na estrutura do laser. A reprodutibilidade é quão próximos os dois relógios estão na mesma frequência, a diferença foi muito pequena nos testes.

Com uma precisão incrível, os cientistas defendem o uso do relógio para detectar fenômenos cósmicos como ondas gravitacionais ou até mesmo a matéria escura. Isso mesmo sem a comunidade científica não ter muita certeza sobre o que é a matéria escura.

O relógio atômico também pode ser usado para permitir medições da Terra como a sua orientação e forma no espaço. Assim, se vários desses equipamentos forem espalhados pelos continentes, eles conseguiriam fornecer medições geodésicas com precisão dentro de um centímetro.

Além disso, os átomos de itérbio ainda são um dos grandes candidatos a serem utilizados na redefinição do que é um segundo. Isso porque cientistas estão revisando diversos tipos de medidas como aconteceu com o quilograma.