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24 de dezembro de 2019 28
Lançado em agosto desse ano, sendo comparado – graças a sua inegável semelhança visual – ao Apple Watch, o Amazfit GTS chegou ao mercado internacional sob a perspectiva de ser o substituto direto do Amazfit Bip, buscando manter a reputação que a primeira geração deixou.
Mas será que o GTS é realmente um substituto à altura? Será que ele é o “matador” de Apple Watch que todos queriam? É isso que você descobre logo a seguir com a nossa análise completa!
Como citado acima e, provavelmente, em qualquer lugar que você for procurar por mais informações desse aparelho, o GTS é, de fato, muito parecido com o Apple Watch Series 4, não deixando nenhuma sombra de dúvida sobre a clara intenção da Huami, proprietária da Amazfit – subsidiária da Xiaomi, de copiar o design estabelecido pela Maçã.
Mas não leve isso como algo ruim! Para aqueles que gostam do design mais quadrado, seguindo inclusive a linha do Bip, o GTS tem um visual extremamente agradável, disponível em 6 cores, contando com tela AMOLED de 1,65 polegadas, corpo feito em metal cromado com traseira feita em plástico e pulseira de silicone.
E por falar em pulseira, o material da nova geração do relógio é um tanto quanto mais liso e menos denso se comparado ao visto no Bip, o que pode ser a explicação dela ter incomodado um pouco enquanto esteve no pulso após algumas horas de atividade física e muito suor; algo que não acontece com a primeira versão do dispositivo.
Mas se a pulseira pode deixar a desejar, a tela, por outro lado, ultrapassa todas as expectativas. Deixando de lado o LCD transflectivo visto no BIP, adotando o AMOLED – contando inclusive com modo Always On, o display do GTS traz uma exibição bastante agradável, com cores que saltam da tela graças ao grande contraste que faz com o fundo de preto absoluto – característico desse tipo de display.
O modelo ainda mantém o acabamento 2.5D, a proteção Gorilla Glass 3, a resistência a mergulhos de até 50 metros de profundidade e a excelente responsividade ao toque vistos na geração anterior.
Se o Amazfit Bip podia não ser encaixado no segmento de relógios inteligentes graças as suas inúmeras limitações, o GTS chega para eliminar grande parte destas. Rodando um sistema proprietário, trazendo a interface simples já conhecida dos usuários da marca, o novo dispositivo da chinesa ainda encara algumas barreiras, como a impossibilidade de baixar apps de terceiros, assim como visto em parte dos smartwatches da Samsung e da Apple.
Colocando isso de lado, tudo funciona de forma bastante fluída e intuitiva – apesar dos menus ainda não estarem disponíveis em português. Basta deslizar o dedo para cima para ter acesso aos menus de atividade física, configurações e outros, para direita ou para esquerda para ter acesso ao contador de passos e ao monitor cardíaco, deslizar para baixo para ter acesso a alguns atalhos e, por fim, apertar o botão lateral para retornar a tela inicial.
Falando nela, a tela inicial – também conhecida como watchface – traz mais uma inegável semelhança com o modelo da Maçã. Em seus desenhos pré-definidos de fábrica, temos um design extremamente parecido, com 6 elementos que podem ser personalizados pelo usuário arranjados no display de forma praticamente igual.
Mas há uma diferença positiva. Ao contrário do que acontece com o modelo da Apple, o design das watchfaces não fica limitado ao fabricante. Contando com uma quantidade significativa de outros designs na galeria do seu aplicativo oficial, é possível ainda importar e usar watchfaces feitas por terceiros, baixando os arquivos necessários através de sites ou importando diretamente através de outros apps.
Assim como acontece em outros dispositivos da marca chinesa – como já falamos por aqui nesse outro comparativo, o GTS é bastante dependente do seu aplicativo, o Amazfit; que nada mais é do que uma versão do MiFit, da Xiaomi, com interface de cores diferentes.
Qualquer tipo de configuração mais complexa, assim como o acompanhamento completo das suas atividades, é feito diretamente através do app, rebaixando o relógio a um simples monitor dos momentos do seu dia capaz de informar as horas e receber as notificações que chegam no seu smartphone.
Ou seja, temos, de certa forma, uma continuidade em relação ao que já era observado no Bip, mas um distanciamento ainda maior se levado em consideração outros modelos disponíveis no mercado, dos da Samsung e da Apple, com independência aumentada e apps próprios, a soluções como o Kospet Optiums Pro, que traz um smartphone para o seu pulso.
Mas não é apenas o grau de dependência que pode decepcionar. Durante o período que o relógio permaneceu conosco para análise, notamos algumas anomalias no seu pedômetro. O dispositivo informou que 200 passos foram dados durante uma noite completa de sono, sem levantadas para ir ao banheiro, beber água, ou até mesmo sonambulismo.
Entendemos que os sensores podem se enganar e creditar alguns passos graças a movimentação durante o sono, com viradas na cama e mexidas involuntárias no braço, mas achamos que 200 passos é um pouco demais. No entanto, é possível que uma atualização futura de software resolva esse problema.
Mas deixando isso de lado – se é que é possível, o GTS traz uma vantagem significativa em relação ao seu antecessor: os modos de exercício. Quase que triplicando o número de atividades monitoráveis, o relógio permite que o usuário acompanhe de perto, com dados de tempo, estimativa de calorias gastas e batimentos cardíacos, desde uma corrida ao livre até a prática da natação em uma piscina; totalizando 12 modos de exercício diferentes.
No caso dos batimentos, o novo modelo vai um pouco mais além. Apesar de não contar com o ECG visto no Apple Watch, o wearable traz consigo um sensor óptico proprietário da Huami capaz de realizar o monitoramento integral dos batimentos do usuário, identificando arritmias (incluindo fibrilação atrial) e alertando caso a frequência cardíaca ultrapasse, por padrão, 150 bpm.
Porém, no caso das atividades feitas em campo aberto, notamos que o GPS pode demorar alguns poucos minutos para concluir a sua calibração, fazendo com que o usuário possa perder os dados dos primeiros minutos de atividade. No entanto, uma vez sincronizado, tudo corre da melhor maneira possível, sendo possível, inclusive, ver o mapa completo do percurso percorrido através do aplicativo oficial.
Logo ao saber que o sucessor do Amazfit Bip contaria com uma tela de AMOLED, abandonando o LCD transflectivo, pensamos que a bateria seria drasticamente afetada. No entanto, tivemos uma grata surpresa.
Apesar da autonomia do relógio ser sim inferior ao da geração passada, o tempo que o wearable ainda é capaz de ficar longe das tomadas é bastante satisfatório; suportando, segundo o fabricante, 14 dias de uso diário mediano e até 46 dias no modo básico de relógio, sem estar conectado via Bluetooth e nem registrando os batimentos cardíacos integralmente, por exemplo.
Em nossos testes, com brilho definido como automático, Bluetooth desconectado em boa parte do tempo, medição ininterrupta de batimentos, tela com modo Always on ligado e as notificações ativadas para alguns aplicativos, a bateria do GTS alcançou a marca dos 26% após 15 dias de uso, dando a entender que alcançaria os 20 dias com alguma tranquilidade. Marca satisfatória se levado em consideração alguns dos principais smartwatches do mercado, com suas baterias de duração de 2 dias.
Para quem quer um monitor das atividades diárias capaz de informar as horas com um design bonito, resistente e elegante, o Amazfit GTS pode ser a escolha certa. No entanto, para aqueles que procuram um smartwatch completo, seguindo a linha mais independente vista nos modelos das grandes marcas, ele pode não ser exatamente o que se procura.
Trazendo a inegável evolução visual em relação a geração anterior, sendo muito parecido com o Apple Watch Series 4, o novo relógio ainda é muito próximo, em questão de funcionalidade, ao Amazfit Bip, eliminando parte das limitações vistas na geração passada, sendo inegavelmente mais completo, mas ainda um pouco longe do que pode ser considerado por alguns como ideal.
Pelos pouco mais de R$ 600 cobrados, caso a bateria de longa duração não seja exatamente o que você procura, a própria Amazfit entrega um conjunto um pouco mais completo com o Verge – como analisamos recentemente por aqui, disponibilizando além das funções vistas no GTS, a possibilidade de atender e realizar chamadas através do relógio (se ele estiver pareado ao telefone), por exemplo.
Com isso, o GTS pode não ser exatamente o resultado de uma busca por smartwatch, ainda mais se levado em consideração as evoluções recentes do mercado desses vestíveis. No entanto, se ignoradas as limitações, levando em conta os pontos fortes do produto, ele pode ser sim uma ótima opção – ainda mais para quem estava pensando em atualizar o seu Amazfit Bip por algo mais moderno e estava perdido em meio as opções.
Se esse é o seu caso, separamos na categoria abaixo os melhores preços do Amazfit GTS para importação; aproveite!
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