24 Junho 2020
A Apple certamente fez um grande anúncio quando informou a transição Intel para ARM nos seus Macs. Do ponto de vista do usuário tudo parece maravilhoso, com a possibilidade de rodar aplicações do iPhone e iPad diretamente no macOS, o que deve aumentar drasticamente a oferta de ferramentas e jogos disponíveis.
Nos bastidores, porém, nem tudo é tão fácil: o Rosetta 2 foi uma solução criada para traduzir em tempo real aplicações x86 (projetadas para arquitetura Intel) em ARM (arquitetura do Apple Silicon), e promete fazer isso com maestria sem que o usuário tenha grandes dores de cabeça. Porém, Tim Cook já revelou uma limitação da ferramenta de conversão.
Ela não poderá lidar com softwares de virtualização, como Parallels e VMware, e isso por razões óbvias: esses apps trabalham com a criação de máquinas virtuais de outros sistemas operacionais, o que torna impossível para o Rosetta 2 dar conta de acompanhar a carga de trabalho e complexidade dos mecanismos por trás desses programas.
Sendo assim, quem tiver aplicações do tipo voltadas para macOS, deverá reescrever o código para a novidade a seu próprio modo. Em todo caso, ambos aplicativos citados possuem um bom suporte pelos seus times de desenvolvimento, então é bem provável que as desenvolvedoras não deixem seus usuários a verem navios quando tivermos o primeiro Mac com Apple Silicon.
Vale lembrar que a Apple projeta que a transição estará completa em até 2 anos, quando o mercado já deverá encarar com certa normalidade que os computadores da Maçã agora estão amparados na arquitetura ARM.
Graças a isso os devs do iPhone e iPad não precisarão fazer otimizações adicionais em seus softwares para que eles rodem no macOS. Mas claro, poderão limitar a disponibilidade das suas ferramentas ao iOS, uma vez que algumas aplicações podem ser focadas na experiência touchscreen ou de redes móveis de telefonia (WhatsApp).
E você, o que acha desse grande passo dado pela Apple? Conte para a gente nos comentários!
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