O Xiaomi 11T Pro marcou a extinção da marca “Mi” nos smartphones da fabricante chinesa e trouxe um conjunto de bom custo-benefício ao público, destacando-se em análises prévias de seu conjunto de câmeras. Nesta quinta-feira (25), o DxOMark publicou os resultados de testes com a tela do modelo e apontou seus prós e contras.

O celular obteve a pontuação geral de 87, que posiciona seu nome acima de bons rivais, como o Sony Xperia 1 III (86), iPhone 12 (85) e ASUS ROG Phone 5 (82). Além disso, o Xiaomi 11T Pro empatou com o top de linha Xiaomi Mi 11 Ultra, mas não foi capaz de se sobressair contra o OnePlus 9 Pro (89) ou o iPhone 13 mini (90).

O Xiaomi 11T Pro é munido de uma tela OLED de 6,67 polegadas com taxa de atualização de 120 Hz e resolução FHD+ (1.080 x 2.400 pixels) distribuída na proporção esticada de 20:9. A tela apresenta um furo dedicado à câmera frontal que permite um melhor aproveitamento de área que os entalhes.

A maior vantagem desse flagship é a fidelidade do display — em múltiplos casos de uso, as cores são naturais e não desviam para tons alheios. Além disso, o brilho é bem gerenciado em diferentes condições de luz e não apresenta oscilação perceptível. A fluidez do painel de 120 Hz permite transições suaves e raras quedas na taxa de quadros por segundo.

Embora seja uma boa alternativa aos concorrentes mais custosos, o Xiaomi 11T Pro pode deixar a desejar sob exposição solar, perdendo a maioria dos detalhes em cenas com iluminação extrema. Ao reproduzir vídeos em HDR10, os tons mais escuros também perdem detalhes e é possível observar um ligeiro desvio ao verde.

A imagem abaixo demonstra o bom equilíbrio de brilho do modelo chinês em comparação ao Xiaomi Mi 11, Samsung Galaxy A52 5G e OPPO Reno 5 Pro, respectivamente:

Sob a luz do sol, a legibilidade da tela é prejudicada pelo seu mapeamento de tons errôneo, fazendo com que detalhes sejam perdidos e causem uma renderização de cores totalmente ineficiente. Veja nas imagens abaixo:

Nas condições mais favoráveis, a precisão de cores impressiona os testadores do DxOMark. O diagrama abaixo mostra o desvio dos tons do aparelho na gama DCI-P3. Os círculos representam a cor alvo que deveria ser renderizada pela tela; as setas apontam para o tom que o display renderizou. Na maioria dos casos, a diferença é imperceptível:

O contraste não é perfeitamente ajustado, mas o brilho é bem adaptado em conteúdo HDR10. A imagem abaixo mostra que essa superioridade é significativa contra os rivais mencionados:

O DxOMark avalia que a presença perceptível de toques fantasmas na tela — especialmente nas áreas mais próximas às bordas — não é capaz de ofuscar um dos maiores destaques do Xiaomi 11T Pro: a atenuação do efeito aliasing, que faz objetos exibirem contornos serrilhados. Veja na aproximação abaixo.

(Imagens: DxOMark)

O portal concluiu que o Xiaomi 11T Pro possui uma pontuação “respeitável” para seu segmento de preço e destaca sua versatilidade. Com preço sugerido de US$ 699 (~R$ 3.900), o smartphone atrai diferentes públicos — desde os usuários casuais aos gamers — com vantagem de valor contra o Mi 11, vendido por US$ 799 (~R$ 4.450).