A Huawei está lançando uma nova geração de celulares intermediários premium, e na segunda-feira (25), antes mesmo de sua estreia, um vazamento revelou as possíveis especificações do Kirin 9000SL, uma plataforma que supostamente equipa o Nova 12 Ultra, modelo mais avançado de sua nova linha de smartphones.

Capturas de tela divulgadas pelo vazador Anvin mostram as especificações do Kirin 9000SL. Rumores apontam que esse chip é uma versão “capada” do Kirin 9000S que, por sua vez, estreou com o Huawei Mate 60. O que chama atenção nessa plataforma é sua CPU de 9 núcleos, uma configuração incomum no mercado de hardware.

A Huawei não divulgou, em qualquer parte da ficha técnica de seus novos celulares, qual é a plataforma utilizada no Nova 12 Ultra, portanto, todas as informações mencionadas pelos vazadores devem ser tratadas como rumores até que a fabricante confirme os detalhes.

O Kirin 9000SL parece ter um design de 2 + 3 + 4 núcleos, sendo 2 núcleos primários com clock de 2,35 GHz — frequência inferior aos núcleos principais da CPU TaiShan V120, utilizada no Kirin 9000S, que funcionam em 2,62 GHz. Há também um cluster de 4 núcleos com clock de até 2,15 GHz e um bloco com 3 núcleos de baixo consumo com clock de até 1,53 GHz.

No departamento de gráficos, o Kirin 9000SL ostenta a mesma GPU Maleoon 910 do Kirin 9000S. A unidade funciona com clock de até 750 MHz.

Por ora, essas são as únicas especificações conhecidas do suposto Kirin 9000SL. Segundo o vazamento, o processador é utilizado no Huawei Nova 12 Ultra, que apareceu recentemente no Geekbench 6.2 sob o codinome “ADA-AL00U” com 12 GB de RAM, alcançando 1.122 pontos em single-core e 3.043 pontos em multi-core.

Para fins de comparação, o Huawei Mate 60 equipado com Kirin 9000S aparece na mesma versão da plataforma de benchmarks com pontuações na faixa de 1.300 em single-core e 4.100 em multi-core, sugerindo que a nova versão é ligeiramente mais lenta que a CPU utilizada nos celulares topos de linha da marca chinesa.

O lançamento de uma nova versão do chipset parece reforçar o compromisso da Huawei em ampliar seu portfólio de chips Kirin, chegando a tempo de garantir maior independência de produtos e matéria-prima estrangeira em um cenário de grande repressão por parte dos Estados Unidos contra a China.