Durante o segundo dia do Dell Technologies World 2025, a Dell detalhou seu modelo de arquitetura desagregada para data centers, solução que "reimagina" o funcionamento dos servidores ao combinar os modelos convencionais usados atualmente. A marca também aproveitou a oportunidade para anunciar algumas das melhorias que serão implementadas a esse modelo neste ano, incluindo módulos de armazenamento de alta velocidade e um sistema de proteção contra ataques alimentado por IA.

Segundo afirma a Dell, as tarefas com as quais servidores e data centers estão tendo de lidar estão evoluindo, deixando de estar relacionadas apenas com máquinas virtuais e bancos de dados para também envolver aprendizado de máquina, modelos de IA agêntica e computação de borda, entre outros tipos de processamento.

Essas mudanças teriam imposto novos requerimentos para as companhias, que agora buscam um ecossistema mais aberto, em vez de estarem presas em hardware de apenas uma marca, e maior flexibilidade para possibilitar trocas rápidas e um escalonamento de forma independente do poder de computação, da rede e do armazenamento caso haja mudanças grandes no mercado.

Com isso, a Dell revelou oferecer em suas plataformas o que está chamando de arquitetura desagregada, uma combinação das duas arquiteturas convencionais de data center (arquitetura de 3 camadas e infraestrutura hiperconvergente), mantendo a separação de três camadas da primeira, mas combinando os recursos de forma similar à segunda para facilitar modificações pontuais e realocar recursos para cada camada de acordo com a necessidade da tarefa sendo processada.

No evento, a marca detalhou algumas das inovações que sua arquitetura desagregada está recebendo neste ano, começando pelo Dell PowerStore, solução que escaneia os sistemas em busca de ameaças como ataques de ransomware. Além de prometer detectar corrupções com "99,99% de precisão", a tecnologia possui Machine Learning como um diferencial e se adapta a novos padrões de ataque, em vez de depender de bancos de padrões de ameaças já conhecidos.

Outra novidade é o PowerProtect Data Domain All-Flash, nova modalidade do sistema de proteção de dados da companhia que utiliza apenas armazenamento em flash (tipo de memória usada em SSDs) em vez de HDDs. Com ela, os data centers poderão recuperar dados 4 vezes mais rápido, replicá-los 2 vezes mais rápido e analisá-los 2,8 vezes mais rápido, tudo isso consumindo até 80% menos energia e ocupando 40% menos espaço.

Houve ainda anúncios para o Dell PowerScale, sistema de armazenamento para data center da marca que recebe a suíte de proteção de dados com IA, prometendo não apenas maior segurança, como também uma recuperação muito mais rápida da informação em caso de problemas, de petabytes em horas, em vez de dias como no passado.

Em termos de software, a companhia anunciou a Dell Private Cloud, serviço de nuvem privada que segue a proposta desagregada ao trabalhar de forma aberta e flexível. Com ela, as empresas poderão trazer o próprio sistema operacional e até o próprio hardware, apoiando-se então na infraestrutura oferecida pela Dell para agilizar a implementação de uma nuvem privada.

Por fim, a Dell atualizou o NativeEdge, a plataforma para computação de borda da gigante, que agora tem nova interface para importação de máquinas virtuais, expansão de hardware disponível com um clique e maior agilidade nos ajustes com o uso de automação.

Uma das mudanças que mais chama atenção é a chegada da possibilidade de importar hardware para a infraestrutura do NativeEdge, incluindo PCs e outros dispositivos que não sejam da Dell, mais uma vez seguindo a proposta de flexibilidade da arquitetura desagregada.

Mais informações sobre a proposta desagregada da Dell e suas atualizações serão divulgadas nos próximos dias, no decorrer do Dell Technologies World 2025.