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Android vai usar Vulkan como API gráfica padrão para facilitar ports de PC para celular

14 de março de 2025 32

Durante a Game Developers Conference (GDC) 2025, principal conferência voltada para desenvolvedores de games, o Google anunciou que adotará a Vulkan como API padrão do Android a partir do Android 16. A medida visa permitir que recursos gráficos mais avançados sejam implementados em celulares, facilitando que games de PC sejam portados para smartphones. A gigante das buscas também revelou outras soluções para incentivar esse processo.

As APIs gráficas são, de forma muito resumida, comandos pelos quais os desenvolvedores ditam como a GPU do computador, console ou telefone vai executar uma determinada tarefa. Até então, a OpenGL ES (GLES), uma solução mais abstrata de código aberto, era usada como padrão nos smartphones Android, mas esse cenário muda com o anúncio feito pelo Google nesta semana.

Já amplamente usada no PC, a Vulkan, desenvolvida pelo consórcio de empresas Khronos Group, também possui código aberto, mas trabalha em um nível mais baixo, acessando recursos mais específicos das GPUs e estando mais alinhada com a DirectX, a API gráfica da Microsoft usada nos computadores e no Xbox.

Em constante desenvolvimento, a Vulkan já possui funcionalidade robustas, como suporte completo a Ray Tracing para iluminação, e é mais moderna que a Open GL. É interessante destacar que a Vulkan já era a alternativa primária no sistema do robozinho desde o Android 7.0 Nougat, sendo usada em jogos como Pokémon TCG Pocket e Diablo Immortal, mas agora, a partir do Android 16, será posicionada como a escolha padrão para qualquer comando gráfico, inclusive em interfaces.

Para evitar problemas, uma camada de tradução para apps e games que ainda utilizam a GLES será amplamente implementada, a chamada ANGLE (Almost Native Graphics Layer Engine, ou "Motor de Camada Gráfica Quase Nativa", em tradução livre). A tecnologia será responsável por garantir compatibilidade em aparelhos que ainda não usam Vulkan, e permitir que apps em OpenGL continuem funcionando em novos smartphones.

O maior desafio do Google daqui em diante é a fragmentação — mesmo que a Vulkan já seja usada há anos, não há um padrão de implementação entre os diferentes dispositivos com Android, que suportam versões e funcionalidades diferentes. Diversas medidas estão sendo tomadas desde o ano passado para resolver essa questão.

A Vulkan se tornará a API gráfica padrão com o Android 16, sendo utilizada para todos os aspectos gráficos do sistema; a ideia é suportar cada vez mais recursos com o tempo (Imagem: Divulgação/Google)

A primeira delas foi a adoção do Vulkan Profiles for Android (VPA) com o Android 15, estabelecendo os recursos mínimos que um smartphone precisa embarcar para ter acesso à nova versão do sistema. O Android 16 continuará esse legado trazendo uma nova VPA que herda os requisitos do ano passado.

A companhia também trabalhou de perto com o Khronos Group para o lançamento da Vulkan 1.4, desenhada praticamente para garantir que a maioria dos celulares atenda o VPA do Android 16 com a maior parte dos recursos da API. Com o Android 17, porém, todas as funcionalidades serão obrigatórias, avançando mais uma etapa nos planos do Google.

Houve ainda parcerias com a Unity, um dos principais motores de games da indústria, para facilitar a integração da Vulkan em jogos para Android; com o Centro de Pesquisa da Samsung em Austin (EUA) para o desenvolvimento de um plugin para a integração da Vulkan em cargas de trabalho de IA; e com a MediaTek, para otimizar o Android Dynamic Performance Framework (ADPF) para chips MediaTek, garantindo que haja melhores ajustes do desempenho em tempo real de acordo com a temperatura.

Jogos como Dredge, Disco Elysium e TABS serão trazidos ao Android com o novo programa piloto de auxílio do Google para o lançamento de ports de PC no sistema do robozinho (Imagem: Divulgação/Google)

Por fim, para incentivar o lançamento de mais ports de computador para smartphones, o Google anunciou um programa piloto pelo qual fornecerá apoio aos desenvolvedores em todas as etapas do processo, desde o início da produção até a publicação na Play Store. Games como Dredge, TABS e Disco Elysium foram ou serão lançados para Android através dessa iniciativa.

Em teoria, todas essas mudanças abrem portas para que vejamos cada vez mais jogos de PC e consoles chegarem aos smartphones Android, tirando proveito das GPUs potentes que já estão disponíveis nesses dispositivos — já não são raros casos de games pesados como Cyberpunk 2077 e Red Dead Redemption 2 rodando em celulares, mas através de emulação.

A má notícia é que ainda deve demorar um bom tempo para que todas essas medidas tenham efeito, considerando a base grande e variada de celulares. Mesmo assim, as mudanças são importantes para que o primeiro passo fosse dado. Mais detalhes desses ajustes e de seu impacto devem ser divulgados nos próximos meses.


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