
Lançamentos 11 Mar
21 de março de 2024 0
A Ascensão do Ronin é o novo jogo do estúdio Team Ninja, conhecido por franquias como Nioh e Ninja Gaiden. Ele chega com exclusividade ao PlayStation 5 em 22 de março e vem com a proposta de oferecer um RPG de mundo aberto inspirado no Japão do século XIX.
Essa é a primeira vez que o estúdio aposta em game desse porte com um mundo amplo e altamente explorável. A Ascensão do Ronin mantém parte de sua essência inspirada nos jogos estilo Dark Souls, mas vem com diversas novidades e mecânicas para o gênero com a ideia de inovar e entregar uma jornada épica.
O TudoCelular conferiu o jogo e veio contar o que achou da nova proposta do estúdio. Iremos evitar spoilers para não arruinar a sua experiência quando o game for lançado e também não daremos muitos detalhes da história, já que a jornada possui desfechos diferentes que mudam de acordo com suas escolhas.
A história se passa durante o período Edo no século XIX e narra o final do Xogunato Tokugawa no Japão, mostrando a transição do país com o fim da sua política externa isolacionista e passando para um império moderno da era Meiji.
Temos a nossa jornada iniciada em 1863 com os navios negros do Ocidente avançando sobre as fronteiras japonesas. No meio de uma guerra que resultou em caos, doenças e agitação política, surgem dois guerreiros unidos pelo pacto da lâmina para acabar com as ameaças e restaurar a paz no Japão.
Logo de cara somos apresentados aos dois protagonistas que fogem pela sobrevivência e juram retornar para se vingar dos invasores. São ronins, samurais sem mestre, que precisam encarar decisões cruciais em suas missões, como assassinar figuras importantes da época e fazer alianças para atingirem seus objetivos.
Cada personagem possui uma identidade única com motivações próprias, que em alguns momentos da história chegam a entrar em conflito. Eles precisam fazer as escolhas certas e decidir se o xogunato deve acabar enquanto lutam contra ameaças durante o Bakumatsu e veem o mundo ocidental tentando engolir o oriental.
O jogador vivenciará essa revolução cultural em um mundo aberto no qual conhecerá figuras importantes que determinarão o curso da história e cidadãos comuns procurando uma luz em meio à escuridão.
Logo após o prólogo temos que escolher a aparência dos dois protagonistas do jogo. Este é um dos pontos mais fortes em A Ascensão do Ronin, onde o estúdio Team Ninja entrega uma das ferramentas mais completas de customização de personagem. Você facilmente perderá horas nesta tela tendo que escolher até os pequenos detalhes, mas também poderá deixar a aparência padrão e cair logo de cara na aventura.
Mesmo que o game permita escolher o tom de voz do personagem, raramente o ouvirá falar. Todas as cenas de diálogos acontecem por escolhas de texto e também nem sequer vemos o nome do personagem ser citado entre as conversas. Essa escolha pode resultar em uma maior imersão para aqueles jogadores que gostam de se sentir na pele do personagem.
Também é possível customizar as vestimentas e equipamentos. Você não precisa ficar preso à aparência do equipamento mais forte ou o que se adequa melhor às necessidades do personagem. O jogo oferece um grande inventário com a possibilidade de carregar até 2 mil itens, incluindo presentes para oferecer a aliados e assim aumentar sua reputação com eles.
Esse é o primeiro jogo do estúdio que traz um mapa de mundo aberto. Ele é dividido em partes, que você terá acesso ao avançar na história. O mapa fica escurecido e vai tendo seus detalhes revelados sempre que você liberar um posto avançado dos bandidos.
Aqui temos elementos que nos lembram alguns jogos da Ubisoft, como o Far Cry, onde é preciso liberar uma área para ter acesso às missões secundárias e os coletáveis da região. Entre os itens que você pode resgatar estão uns gatinhos perdidos pelo mapa, que apesar de não terem impacto na história, garantem recompensas por conta de uma personagem importante do jogo.
A Ascensão do Ronin oferece algumas ferramentas que ajudam a explorar este vasto mundo aberto. A principal é o gancho, bem no estilo Sekiro e Assassin’s Creed, que permite acessar locais altos ou mesmo puxar inimigos de posições elevadas ou objetos para arremessar em seus oponentes.
Temos um protótipo de planador oferecido por um cientista, um dos vários NPCs que você se relaciona e fará missões no jogo. Com esse aparato é possível se jogar de locais altos e voar para acessar lugares que não seria possível apenas com o gancho. Ele serve também para você pegar inimigos desprevenidos com um ataque vindo dos céus.
É possível ter um cavalo para percorrer mais rapidamente o mapa e também há vários pontos de viagem rápida, que são acessados por estandartes. Sempre que você libera um deste, o mapa da região é aberto exibindo missões, coletáveis e pontos de interesse.
O jogo conta com um sistema de reputação que aumenta à medida que você explora o mapa. Isso aprimora a sua relação com os personagens, liberando novas missões e parcerias. Você pode recrutar aliados para lutarem ao seu lado nos momentos mais difíceis. É importante escolher esses aliados com sabedoria, já que cada um tem objetivos diferentes que impactam na história.
Como todo jogo do estúdio Team Ninja, combate é o ponto principal. Apesar de ter suas inspirações em games do estilo Dark Souls, onde você precisa estudar os ataques dos seus oponentes para saber a melhor hora de alternar entre a defensiva e ofensiva, aqui temos um sistema mais robusto que facilita também a vida dos novatos.
Logo de cara, você pode escolher a dificuldade, algo que não é comum de ver em jogos do gênero. É possível escolher uma modalidade mais fácil ou mesmo optar pela mais desafiadora se você gosta de sofrer nas mãos dos inimigos. O game também oferece diversos estilos de combate para dezenas de armas diferentes. Cada um tem seus pontos fortes e fracos contra determinados tipos de ameaças.
Ao invés de ficar rolando para os lados como é comum em outros jogos, aqui você tem que aprender a contra-atacar para quebrar a defesa do oponente. Se você fizer isso no momento correto, terá uma brecha para iniciar um combo poderoso e possivelmente letal.
Você pode levar seus aliados com você nas missões mais importantes. Eles lutam por conta própria sem precisar da intervenção do jogador, mas você pode alternar entre eles a qualquer momento da luta. Esse recurso é interessante, já que você pode alternar entre personagens com estilos de combate diferentes e assim superar as dificuldade com maior facilidade.
Há suporte a multiplayer para chamar dois amigos para jogarem com você
Além disso, caso o personagem que você controla seja derrotado, você pode usar um dos outros para curá-lo e assim continuar o combate. Mas caso esteja numa missão sozinho ou todos do grupo morram, você perderá o carma acumulado e terá que se vingar daquele que o derrotou para recuperar a experiência perdida.
Você pode criar os seus próprios itens, como venenos, bombas de fumaça ou remédios curativos. Também é possível vender ou desmontar os itens que coleta dos inimigos derrotados para criar ou aprimorar os seus equipamentos. Tudo isso pode ser feito através de boticários, vendedores e ferreiros espalhados pelo mapa.
Gráficos nunca foram o forte do estúdio e A Ascensão do Ronin apresenta visual datado, ficando abaixo de muitos exclusivos de PS4, como o Ghost of Tsushima, que seria a comparação mais próxima por serem jogos do mesmo estilo.
É bom lembrar que jogamos antes do lançamento oficial e que muitos dos problemas a serem citados aqui podem ser arrumados em futuras atualizações. Mas logo de cara verá algumas texturas problemáticas com qualidade inferior a outras, assim como demora no carregamento de sombras à medida que você corre pelo mapa.
Apesar do game ter seu estilo único, poderia ter detalhes mais caprichados. A sonoplastia também não é das mais realistas e a movimentação dos personagens parece muito dura grande parte do tempo. Também há uma grande limitação na interação com cenários e poucos objetos podem ser destruídos por um ataque do personagem.
Movimento das ondas, fogo de explosões e desmoronamentos também possuem nível de detalhes bem abaixo do que temos atualmente em jogos para PS5. Nas cenas de história também é comum ver personagens com problema de sincronização de áudio e até mesmo acontecer do personagem não se mexer enquanto fala.
Por falar em diálogos, o jogo possui dublagem em português, mas que não se compara com o áudio original em japonês. Se busca ter a melhor imersão possível com A Ascensão do Ronin, então recomendamos evitar o áudio dublado.
Se a parte gráfica não impressiona, o desempenho também fica abaixo do esperado. A Ascensão do Ronin oferece três modos gráficos: Qualidade (tenta alcançar a resolução 4K), desempenho (tenta manter 60 fps) e ray tracing para mais detalhes de iluminação e sombra.
Testamos na opção Desempenho e o jogo sofre para chegar aos 60 fps, ficando a maior parte do tempo oscilando entre 30 e 45 fps. Mesmo quando a fluidez está próxima do ideal, ainda há um atraso no tempo de resposta, o que deixa claro que o jogo precisa de uma grande otimização com urgência.
Pelo menos o carregamento é rápido, tanto para retornar a jornada quanto para fazer uma viagem rápida de um ponto a outro do mapa. Na maior parte do tempo é preciso esperar apenas 4 segundos para ir até a região desejada. Mesmo que o personagem morra e o último ponto de salvamento esteja longe, ainda é preciso esperar poucos segundos para estar de volta à ação.
O jogo faz bom uso dos recursos do DualSense do PS5. É possível sentir a resistência ao disparar com um arco, o trotar do cavalo, assim como os impactos recebidos durante o combate.
A Ascensão do Ronin é uma ótima porta de entrada para quem tem interesse em jogos como Sekiro ou Nioh, mas acha a mecânica difícil e sofre com inimigos mais fortes. Aqui poderá jogar em dificuldade menor e até ter aliados ao lado para ajudar nos momentos mais difíceis.
É um RPG de ação com vasto mundo aberto com dezenas de áreas para explorar, missões para fazer, NPCs para interagir e itens para coletar e aprimorar. A história possui ramificações que impactam no desfecho final, o que aumenta o fator replay para o jogador começar a jornada novamente fazendo escolhas diferentes para ter acesso a outro final.
Para quem busca apenas uma experiência imersiva no Japão Feudal com ambiente deslumbrante e gráficos primorosos, vai acabar preferindo o Ghost of Tsushima. Mas A Ascensão do Ronin tem seus trunfos que o faz ser único entre os games do gênero e será uma ótima recomendação se os problemas gráficos e de desempenho forem resolvidos em futuras atualizações.
Combate sempre foi o forte nos jogos do estúdio Team Ninja e no A Ascensão do Ronin não é diferente
Jogo não encanta graficamente e está a par de muitos lançamentos de PS4, ficando um pouco abaixo de outros do gênero
Team Ninja deu muito mais atenção à história neste jogo e temos uma narrativa mais densa e complexa com direito a desfechos diferentes
A trilha sonora geram uma boa imersão, enquanto a sonoplastia poderia ser mais realista e em alguns momentos soa bastante artificial
O jogo tenta criar um universo único de samurais ao mesmo tempo em que se inspira em Ghost of Tsushima, mas peca em alguns elementos
A Ascensão do Ronin será uma ótima opção para quem busca entrar no mundo dos jogos soulslike, mas sem sofrer com a dificuldade de outros títulos famosos
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