Economia e mercado 10 Dez
De acordo com reportagem do The Globe and Mail, os Estados Unidos solicitarão formalmente ao Canadá a extradição da diretora financeira e filha do fundador da Huawei, Meng Wanzhou.
O embaixador do Canadá nos EUA, David MacNaughton, confirmou o pedido, mas não disse quando acontecerá. Por e-mail, o Departamento de Justiça canadense afirmou não ter recebido uma solicitação por parte dos norteamericanos, e disse ainda que o prazo para apresentação é 30 de janeiros, 60 dias após a prisão de Meng, que aconteceu em 1º de dezembro.
A China reagiu ao pedido dos Estados Unidos, exigindo que desistissem de seu pedido. De acordo com a porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, este tratado infringe a "segurança e direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses".
Meng foi presa em Vancouver a pedido dos EUA por supostas violações das sanções do Irã, e liberada sob fiança no mês passado. Ela tem julgamento marcado para dia 6 de fevereiro, no Canadá.
Com a prisão de Meng, a crise política entre Canadá e China ganhou novos contornos. O governo chinês alertou ao governo canadense que haveria consequências se a Huawei fosse proibida de fornecer a tecnologia para o lançamento do 5G no país.
Dois canadenses - o diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor - foram detidos e um cidadão preso na China foi condenado à morte em um novo julgamento em um caso de tráfico de drogas.
Liang Hua, presidente da Huawei, disse, durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos, que está acompanhando o caso e que pedirá uma rápida conclusão do caso, para que Meng possa ter sua liberdade pessoal.
Ainda no mesmo discurso, Hua sugeriu que a empresa possa evitar fazer negócio com países ocidentais no futuro, dizendo que levaria sua tecnologia para países onde é bem-vinda. Em comunicado, a fabricante chinesa corroborou com a fala de seu CEO:
A Huawei cumpre todas as leis e regulamentos aplicáveis nos países e regiões em que operamos, incluindo as leis de controle de exportação e sanções da ONU, EUA e UE. Temos toda a confiança de que os sistemas legais do Canadá e dos EUA chegarão a uma conclusão justa.
Huawei, em comunicado.
Comentários