Economia e mercado 28 Fev
Depois da GSMA ser praticamente obrigada a cancelar a MWC20 e do Facebook fazer o mesmo com a F8, sua conferência anual com desenvolvedores devido à alta propagação do coronavírus COVID-19, agora foi a vez do Salão Internacional do Automóvel de Genebra, uma das maiores exibições da indústria automobilística de todo o mundo, que foi cancelada.
O cancelamento partiu de uma nova ordem do governo suíço. Ela diz que qualquer evento que reúna mais de 1000 pessoas devem ser cancelados, segundo o site swissinfo.ch, essa proibição deve se manter pelo menos até 15 de março. Diversas fontes apontam também que o Salão do Automóvel já está enviando e-mails para as montadoras informando-as do cancelamento total.
"Lamentamos essa situação, mas a saúde de todos os participantes é nossa e a principal prioridade de nossos expositores. Este é um caso de força maior e uma tremenda perda para os fabricantes que investiram maciçamente na sua presença em Genebra. No entanto, estamos convencidos de que eles entenderão essa decisão", disse Murice Turrettini, presidente do Salão.
As autoridades do evento disseram a princípio que ele continuaria com um processo massivo de desinfecção para manter a segurança e higiene necessárias para evitar contaminações. Tudo indica que as farão como a Sony, que lançou seus novos celulares Xperia 1 II, Xperia 10 II e Xperia Pro via conferências online. Os ingressos já comprados para o evento serão reembolsados.
No Salão Internacional do Automóvel de Genebra seriam anunciados grandes destaques de marcas como o BMW i4, o Hyundai Prophecy e o Polestar Precept, além de muitos outros carros futuristas. Veja o vídeo de apresentação do BMW i4:
O prejuízo pelo cancelamento deve ser milionário e "as consequências financeiras para todos os envolvidos no evento são significativas e precisarão ser avaliadas nas próximas semanas", disse a organização do evento em um comunicado oficial. Além do prejuízo para as empresas participantes e organizadoras, a cidade suíça também sofrerá com perda de visitantes.
Sobre a proibição o governo disse o seguinte:
"Categorizamos a situação na Suíça como 'especial' em termos da Lei de Epidemias. A principal prioridade do Conselho Federal é proteger a população."
Até o momento o país tem 15 infectados pelo COVID-19 e 100 pessoas em quarentena sob suspeita de portarem a doença.
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