Economia e mercado 30 Jan
Com a extensão do período de isolamento devido aos esforços para desaceleração do novo coronavírus no Brasil, o comércio sofreu uma queda de até 75% do seu faturamento. Essa baixa é reflexo da cautela dos consumidores, que passaram a gastar menos e controlar mais os gastos pessoais ante à imprevisibilidade da situação financeira de cada um nos próximos meses. Esses dados são fruto do mais recente estudo realizado pela Accenture, que mapeia os impactos da pandemia na indústria de pagamentos pelo mundo.
Detalhando esse número observamos o setor do turismo liderando a lista, com -75% do faturamento, em seguida vem vestuário, com -66% e, por último, bares e restaurantes, com -60%. Já a seção de supermercados teve um crescimento do faturamento de 16%. No total, do início de março até o dia 31 de maio, o faturamento do varejo no Brasil no período teve uma queda de 30,1%.
O estudo da Accenture também realizou uma projeção de como poderá ser a recuperação da economia e analisou que esse aumento acontecerá de forma distinta. Os setores de vestuário, produtos de beleza, eletrodoméstico, vendas diretas, serviços de mobilidade e serviços médicos, por exemplo, que hoje estão em baixa demanda, deverão se recuperar de forma mais rápida, ao passo que serviços de academia, bares, restaurantes e eventos deverão crescer de forma mais lenta.
Edlayne Burr, diretora-executiva e líder de Estratégia para Pagamentos da Accenture na América Latina, analisou: “O que está sendo discutido nesse período de pandemia tende a ser mais digital, colaborativo e com menos contatos pessoais. Com isso, é possível que exista uma aceleração da tendência de digitalização dos serviços bancários e de pagamentos, assim como está sendo percebido em outras indústrias, como na implementação de telemedicina e fortalecimento do ensino à distância.”
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