Conforme vimos ontem, 09 de junho, a MediaTek obteve um grande crescimento no mercado de distribuição de chipsets na América Latina no primeiro trimestre desse ano, assumindo a liderança do setor na região. Esse crescimento, é claro, é devido à grande quantidade de celulares intermediários e de entrada que são equipados com os processadores da empresa taiwanesa.

E, de acordo com um relatório do DigiTimes - jornal diário com foco em indústrias de semicondutores, eletrônicos, computadores e comunicações de Taiwan – a empresa tem, agora, mais motivos para comemorar e, talvez, prosperar.

Devido ao crescimento do número de smartphones que são lançados, principalmente na China, com a tecnologia 5G, a demanda de chipsets com essa característica aumenta no mundo todo, por parte das empresas fabricantes de dispositivos móveis.

Apesar de a Samsung e a Huawei também fabricarem esse tipo de processador, no momento a MediaTek e a Qualcomm são as principais fornecedoras da peça para diversos fabricantes, já que a sul-coreana e a chinesa fabricam os processadores mais para uso próprio. São raros os casos, inclusive, de outras fabricantes que utilizam o processador de uma concorrente, mas este é o caso da Vivo, que anunciou o uso do processador Exynos 880 em seu smartphone Vivo Y70s 5G.

E, da parte da MediaTek, espera-se o envio de mais de 80 milhões de chipsets 5G neste ano. Essas informações, que estão presentes no relatório da DigiTimes, indica que boa parte desses envios serão para empresas chinesas, já que o país concentra a maior parte das fabricações de celulares que suportam a rede 5G no mundo. Essa projeção indicada no documento pode elevar a participação no mercado global da empresa a, pelo menos, 40%.

Apesar do alto número, no entanto, essa projeção não chega perto do que era esperado pela empresa para o período. A MediaTek havia feito uma projeção própria no segmento e esperava ter uma remessa de 200 milhões de chipsets 5G.

Porém, não alcançar essa meta não chega a ser surpreendente, devido a queda na produção de smartphones e insumos no mundo todo esse ano devido à pandemia do novo coronavírus. Conforme noticiamos, no Brasil, por exemplo, houve uma grande queda na produção de elétricos e eletrônicos nesse primeiro semestre de 2020.

Vale destacar que o fato da rede 5G não ter sido implementada totalmente em boa parte do mundo, inclusive no mercado chinês, também pode ter influenciado na empresa alcançar a projeção desejada.