Economia e mercado 25 Jun
Ao que tudo indica, os 100 mil trabalhadores dos Correios podem entrar em greve durante o mês de agosto. Isso porque as negociações abertas para um novo acordo coletivo não estão sendo bem recebidas pela categoria.
De acordo com informações dos sindicatos, o "pacote de maldades" proposto pela atual diretoria da estatal acaba com uma série de benefícios "extra-CLT" e que foram incorporados ao salário.
A lista de benefícios que podem ser cortados inclui itens como "Vale Peru" (um vale alimentação de R$ 1 mil oferecido em dezembro), vale cultura, adicional de 70% de férias, 180 dias de licença-maternidade e até distribuição obrigatória de acessórios como joelheiras e meias de compressão.
Economia e mercado 18 Jun
Em resposta aos funcionários, a direção da estatal alega que os benefícios atuais se tornaram "fora da realidade", sobretudo em um momento de pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e onde há um forte impacto econômico em todos os setores da economia nacional.
Caso sejam implementados, os cortes devem gerar uma economia anual na casa dos R$ 600 milhões. Comentando o assunto, o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, alertou que o caixa da estatal pode passar por um "grave comprometimento" e que a proposta é "condizente com a situação financeira e realidade do país".
Como as negociações não avançam, os 31 sindicatos que integram a principal federação de trabalhadores dos Correios aprovaram um indicativo de greve. A paralisação pode ser consumada a partir do dia 4 de agosto, uma vez que há assembleia nacional marcada para a data.
Cabe ressaltar que o Ministério da Economia pretende privatizar os Correios até 2021, mas o governo precisa de autorização do Congresso Nacional para concretizar a venda da estatal. Por isso, a direção da companhia precisa implementar adequações para evitar mais prejuízos, enquanto não há definição para o futuro da empresa.
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