Economia e mercado 04 Fev
O brasileiro Cristiano Amon foi escolhido como novo CEO da Qualcomm e deve liderar a principal fabricante de processadores do mercado mobile pelos próximos anos. Em conversa com a Bloomberg, o executivo comentou os principais desafios do segmento de tecnologia.
Para Amon, a guerra comercial entre China e Estados Unidos tem afetado o mercado. No entanto, as sanções contra a Huawei tem potencial de "aliviar" a escassez de chips. Isso porque a HiSilicon não pode mais usar a TSMC para montar seus processadores, algo que fez a empresa deixar de ser a segunda maior cliente da taiwanesa.
A fundição percebeu que as reservas para produção de chips estão muito cheias. Embora tenhamos a tendência de pensar nesses chips como o cérebro dos smartphones, tablets e relógios, muitas empresas tem reclamado da escassez de chips.
Amon também confirmou que a própria Qualcomm tem experimentado uma demanda muito maior do que o esperado. Isso porque o mercado está se recuperando nos segmentos de smartphones, PCs, equipamentos domésticos e até mesmo carros.
No entanto, o executivo alertou que o fim da montagem de chips da HiSilicon não significa que a TSMC pode reverter essa linha de produção para outras empresas automaticamente. Isso porque a transferência leva um tempo considerável e isso impacta no mercado.
Por fim, Amon concorda com Samsung e TSMC quando o assunto é levar parte da produção de chips aos Estados Unidos. Isso porque o executivo acredita que a guerra comercial entre China e os EUA levará muito mais tempo para ser resolvida.
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