Economia e mercado 23 Nov
A cidade de Cabo Frio, no interior do estado do Rio Janeiro, vem aparecendo nas manchetes devido aos diversos golpes de pirâmides camuflados como operações com criptomoedas ganhando o apelido de “Novo Egito”. Dessa vez, a empresa de investimentos em criptoativos Ômega Consultoria anunciou que estará encerrando as atividades e sumiu antes de efetuar o pagamento aos seus investidores.
O anúncio do fechamento da empresa foi feito no mês passado e previsto para o dia 20 de dezembro, mas prometeu que os valores investidos seriam retornados para todos os clientes. Diversos investidores fizeram denúncias de que os líderes da empresa, sediada em Cabo Frio, desapareceram sem dar explicações. A empresa fica localizada na Rua Antônio Feliciano de Almeida, no bairro da Passagem e foi fundada em maio de 2021 por Daniel Leopoldino Silva.
De acordo com sua documentação, a Ômega Consultoria era registrada como microempresa com capital social de 150 mil reais e pedia aporte mínimo de 5 mil reais para um retorno fixo mensal de 15% do valor investido, uma taxa bem fora da realidade. Ela justificava que isso era possível graças ao uso de robôs para negociação de bitcoin em diversas corretoras, como a Binance e a Bitfinex.
Ao portal O Dia, a empresa alega que foi roubada por um trader e não deixará de honrar o compromisso com seus investidores. Os clientes da Ômega Consultoria relatam que não recebem nenhum tipo de retorno há mais de um mês e já prestaram queixa na delegacia de fraudes.
A empresa torna-se mais uma nos casos de golpe envolvendo investimentos em criptomoedas com promessas de dinheiro fácil e rápido em Cabo Frio e coloca a cidade em situação delicada, já que milhares de pessoas da região investiram suas economias em negócios semelhantes. Os esquemas ganharam destaque depois que a mídia nacional repercutiu a prisão de Glaidson Acácio, chamado de “Faraó dos Bitcoins”, e o esquema da empresa GAS Consultoria, que prometia lucro fixo de 10% ao mês por meio de supostas operações com criptomoedas.
A Polícia Civil investiga pelo menos 30 empresas sediadas no município suspeitas de esquemas de semelhantes de pirâmide financeira. As investigações tiveram início na 126ª DP (Cabo Frio) após o assassinato de Wesley Pessano Santarém, um trader de 19 anos, que teria ficado rico aplicando em criptomoedas.
Comentários