
Tech 14 Fev
16 de fevereiro de 2022 36
A Intel parece determinada a expandir suas operações com estratégias que, anteriormente, pareciam impossíveis sob sua filosofia irredutível. Bob Brennan, vice-presidente de engenharia e soluções para consumidores da divisão de fundição da Intel, comentou as inovações que a fabricante espera desenvolver no futuro em entrevista ao The Register.
O executivo cita uma multiarquitetura de conjunto de instruções, estratégia que permitirá o desenvolvimento de processadores personalizados pelas fabricantes clientes da Intel. Para isso, unidades com instruções baseadas em x86, ARM e RISC-V trabalhariam em sinergia dentro de um único chiplet para fornecerem aplicações extremamente versáteis.
“É a primeira vez na história da empresa que licenciaremos hard e soft cores para clientes que gostariam de desenvolver seus próprios chips”, comenta Brennan.
Hard cores e soft cores — neste caso, melhor traduzidos para “núcleos fixos” e “núcleos mutáveis”, respectivamente — referem-se a circuitos implementados de forma inalterável para produção em massa e componentes em lógica programável, na sequência. A Xilinx, recentemente adquirida pela AMD, é uma das precursoras desse conceito.
Com isso, fabricantes poderiam criar seus próprios chips híbridos com base em instruções de diferentes ecossistemas. Brennan exemplifica que os clientes poderiam criar um processador com núcleos Xeon e combiná-los a um núcleo acelerador de IA baseado em ARM ou RISC-V.
“No chassi do chiplet, esperamos que haja uma demanda por instruções híbridas com ARM e RISC-V, dependendo do cliente, e suportaremos ambas”, prevê o executivo, adicionando que sua nova estratégia ainda não está totalmente desenvolvida, mas que há expectativa para a criação de um ecossistema diferenciado com produtos da Intel.
Vale contrastar que essa técnica parece diferente do licenciamento da Arm (empresa). Em vez de fornecer núcleos para que empresas projetem chips e enviem para produção em outra companhia, todo o processo deve ocorrer sob a expertise da Intel — algo que poderia manter a “maior fábrica de chips do mundo” ocupada. Brennan não comentou sobre isso.
O projeto de multiarquitetura de conjunto de instruções deve ser baseado nas litografias da própria fabricante — Intel 16, anteriormente conhecida como “22FFL”, e Intel 3, prevista para suceder à Intel 4 de 7 nanômetros. Por ora, não há previsão de lançamento ou primeiras fabricantes que utilizarão o novo sistema da Intel.
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