Tech 11 Fev
A AMD confirmou na última segunda-feira (14) a conclusão do burocrático processo de aquisição da Xilinx, uma renomada empresa norte-americana especializada em processadores lógicos programáveis. O processo havia iniciado em outubro de 2020, mas a transferência das ações com valor estimado em US$ 49 bilhões passou por longas investigações antitruste.
Lisa Su, CEO da AMD, afirma que a aquisição da empresa complementa o portfólio da fabricante e acirra a concorrência com a Intel e NVIDIA — que desistiu da compra da ARM. Agora, com os produtos e serviços da Xilinx incluídos sob sua marca, o “time vermelho” estruturou uma nova divisão voltada à computação adaptável de alto desempenho.
A Adaptive and Embedded Computing Group (AECG), como é chamada essa nova divisão, será liderada pelo ex-CEO da Xilinx, Victor Peng, e manterá o foco em manter o título de principal companhia de dispositivos lógicos programáveis do mundo através dos processadores e placas de vídeos desenvolvidos pela AMD.
De acordo com Peng, há uma crescente demanda por soluções eficientes e computação adaptativa de alto desempenho desencadeadas pela “rápida expansão de dispositivos conectados” e aplicações baseadas em IA, portanto, a compra da Xilinx pela AMD irá “acelerar sua capacidade para representar essa nova era da computação”.
A CEO da AMD espera que a aquisição possibilite que sua empresa ofereça o maior portfólio de alta performance e soluções de computação adaptativa do mercado, visando capturar oportunidades em nuvem, edge computing e outros dispositivos inteligentes que somam a receita de aproximadamente US$ 135 bilhões em 2023.
Patrick Moorhead, analista do mercado tecnológico, conversou com a líder da fabricante e observa que o primeiro processador da AMD com soluções de inteligência artificial da Xilinx será lançado muito antes do esperado, possivelmente em meados de 2023, e manterá a nomenclatura já conhecida pelos fãs da empresa — EPYC, Ryzen Threadripper, entre outros.
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