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Economia e mercado 06 Out
16 de maio de 2022 3
A Xiaomi já comemorou, mas somente agora a Counterpoint veio a público confirmar que a chinesa atingiu a marca de 500 milhões de usuários ativos. De acordo com a empresa de pesquisa, os dados foram coletados no primeiro trimestre deste ano e mostram alguns detalhes curiosos.
Ao atingir uma marca tão importante, a chinesa agora faz parte do "clube" de grandes fabricantes globais. Atualmente, temos no ranking Apple e Samsung, além do grupo BBK.
Apesar de ter começado como uma marca sinônimo de custo-benefício, a Xiaomi já não é mais a mesma de 10 anos atrás. Isso ficou evidente após a companhia desmembrar as marcas Redmi e POCO para focar no segmento de preço acessível, enquanto ela lança aparelhos premium.
Além disso, a Counterpoint afirma que a receita de sucesso para o crescimento da Xiaomi está no fato da empresa focar nos mercados certos. Ou seja, primeiro na Índia, África e Sudeste asiático para só depois chegar a outros países da Europa ocidental e América Latina.
Outro detalhe curioso é que, diferente da Huawei, a Xiaomi não quis entrar no mercado estadunidense e simplesmente ignorou o país. O maior foco da companhia nas Américas envolve México, Brasil, Argentina e outros países do "cone sul".
Quando o assunto são as receitas da marca, chama a atenção que a Xiaomi tem sua maior fonte nos "serviços de internet" da China. Ou seja, os anúncios da MIUI chinesa chegam a representar 80% da lucratividade da marca em sua terra natal.
Essas receitas mais fortes na China ajudam a marca a subsidiar o lançamento de celulares acessíveis no resto do mundo. Isso porque onde há serviços do Google a empresa não consegue ter uma boa margem de lucro.
Para crescer no exterior, a Xiaomi tem precisado desenvolver outros serviços que possam alavancar a MIUI, como o seu método de pagamento e até mesmo a venda do ecossistema com produtos de IoT.
A Counterpoint acredita que no médio prazo a Xiaomi precisará ampliar a venda de produtos inteligentes fora da China e ao mesmo tempo continuar oferecendo apenas celulares premium na China.
Isso porque a marca precisa continuar crescendo e isso já não é tão mais fácil como há alguns anos atrás, uma vez que a concorrência está muito maior.
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