Dados divulgados esta semana pela nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre o uso de aplicativos mensageiros no Brasil revelam que os brasileiros preferem usar o WhatsApp para troca instantânea de mensagens, mas uma parcela considerável da população aderiu ao Telegram nos últimos quatro anos.

De acordo com o levantamento, os serviços oferecidos pela Meta como o Instagram Messenger e WhatsApp lideram entre os usuários, exibindo forte avanço considerando estudos anteriores. Segundo a edição recente, o WhatsApp está presente em 99% dos smarphones dos entrevistados, enquanto o Telegram é usado por 65% das pessoas.

Embora o mensageiro russo nem sequer tenha atingido 70% da população, o Telegram apresentou um crescimento de 12 pontos percentuais em relação a 2021, ano em que o aplicativo era usado por 53% dos participantes. Esse aumento aproxima o aplicativo do Messenger, que atualmente possui market share de 70% contra 76% do ano anterior.

Em paralelo a essa queda, o Instagram conseguiu se popularizar nos últimos 12 meses crescendo 4 pontos percentuais, passando a ocupar a segunda posição como rede social mais usada no país, estando instalado no celular de 86% dos brasileiros contra 82% em 2021, alta impulsionada pelas novidades inseridas no aplicativo como incentivo aos Reels, por exemplo.

Ao contrário desses aplicativos que oscilaram no último ano, o Signal se manteve estático com 12% entre agosto de 2021 e agosto de 2022, destacando que o mensageiro tem uma base fiel de usuários.

Quanto as faixas etárias, o Telegram se mostrou notoriamente mais popular nos jovens com idades entre 16 e 29 anos, correspondendo a 69% das instalações, enquanto na classe adulta (30 a 49 anos) o índice é parecido e houve queda de apenas um ponto percentual; no grupo acima de 50 anos a taxa é de apenas 53%.

Por último, a pesquisa também questionou os participantes sobre a intenção de assinar o Telegram Premium, plano lançado no Brasil por R$ 23,99/mês com recursos exclusivos para os assinantes. Nesse tópico, apenas 5% das pessoas afirmaram ter contratado o plano, enquanto 9% têm interesse e 86% não pretendem assinar.

O levantamento foi realizado entre os dias 13 e 27 de julho de 2022 contando com a participação de 2073 pessoas, respeitando as proporções por gênero, faixa etária, renda familiar mensal e distribuição geográfica deste grupo. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,1 pontos percentuais para mais ou para menos.