Economia e mercado 01 Dez
O Open Finance é uma realidade no Brasil há bastante tempo conectando as principais instituições bancárias vigentes no país por meio do sistema financeiro aberto, recurso que chegou para partilhar entre empresas como Itaú Unibanco, Santander, Bradesco e fintechs nacionais como o Nubank, Inter e Mercado Pago, por exemplo.
De acordo com dados de uma pesquisa feita pela Provu, embora tenha começado a vigorar a partir de 2022 conforme deliberação do Banco Central, o Open Finance ainda é um serviço pouco conhecido e explorado pelos usuários.
Conforme aponta o levantamento, cerca de 32% dos correntistas disseram já ter ouvido falar, mas não sabem exatamente o que é, enquanto 28,1% nunca nem sequer ouviu falar sobre o tema. Esses indicadores mostram que apesar do marketing empregado pelos bancos, uma pequena parcela da comunidade conhece o Open Banking.
Em paralelo a esses números, 83,8% dos entrevistados creem ser benéfico aderir ao sistema financeiro aberto. Nesse sentido, 48,5% consideram que este sistema apresenta produtos financeiros que são melhor recomendados para as suas necessidades, enquanto 22,9% defendem maior controle sobre os dados ativando o recurso.
Na contramão das afirmações positivas, 16,2% das pessoas julgam não ser vantajoso compartilhar suas informações bancárias (número da conta, histórico de pagamentos do cartão de crédito, etc.) com outras empresas, ao passo que 38,8% não se sentem seguros em conceder a permissão para integração entre bancos.
De acordo com dados da Serasa Experian, o uso do Open Finance pode introduzir 4,6 milhões de pessoas no mercado de crédito aumentando a chance de conseguir empréstimos e financiamentos se for um bom credor, evidentemente. Segundo o Banco Central, o sistema já conta com mais de 4 milhões de usuários e 250 milhões de chamadas de API por semana, representando o maior volume do mundo.
“O Open Finance permite que as instituições financeiras tenham mais informações do histórico de comportamento do cliente e, portanto, ainda mais capacidade de estender crédito com melhores taxas e maiores chances de aprovação”, diz Marcelo Ramalho, CEO da Provu.
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