Acessórios 18 Jan
A Rolex, uma das mais tradicionais empresas em relógios de luxo, está processando uma jovem empresa de relógios educacionais, a Oyster & Pop, que tem um nome similar a um dos modelos da empresa, o Oyster Perpetual, batizado em homenagem ao primeiro relógio da grife a incluir um visor hermeticamente fechado para proteger os mecanismos de água ou poeira.
Se esse tipo de artigo de luxo custa no Brasil mais de R$ 47 mil, por outro, os relógios coloridos e com números grandes da Oyster & Pop —criada durante a pandemia pelas irmãs Emma Ross-McNairn e Sarah Davies— podem ser encontrados por cerca de US$ 25 (R$ 130). A empresa menor vende ainda itens variados para ensinar as crianças a saber ler as horas para além dos visores digitais.
A Rolex sugere no processo que os clientes podem se confundir com o nome similar e pede mudanças em toda a identidade da empresa —do nome ao logotipo e até no próprio site, para evitar qualquer associação entre as duas marcas, ainda que o público-alvo delas seja diametralmente oposto.
As irmãs respoderam à Rolex com uma carta listando os motivos de considerarem a ação injusta, oferecendo um acordo no qual se comprometiam a não produzir relógios adultos, nem que mudariam a marca para apenas Oyster. A inspiração para o nome, aliás, teria vindo de um logradouro, a Oyster Bend. Além disso, contam como as mudanças exigidas pela gigante causariam danos financeiros grandes. A Rolex, até o momento, não cedeu à resposta, e as irmãs estão movendo um abaixo-assinado no change.org, com mais de 70 mil assinaturas.
Anteriormente, as empresas já haviam se enfrentando legalmente nos EUA em relação a uma marca registrada, que a Oyster & Pop desistiu de usar. A pequena empresa até já trocou a própria classificação de registro de empresa para sublinhar seu caráter lúdico e educativo, mas ainda assim, parece que não foi o suficiente.
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