Pesquisadores publicaram na última quinta-feira (31) na revista Nature Metabolism um estudo que indica um novo tratamento capaz de regredir a obesidade sem reduzir o apetite do paciente. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos cerca de 1 bilhão de obesos, 650 milhões são adultos, 340 milhões são adolescentes e 39 milhões são crianças.

A entidade global prevê que até 2025 aproximadamente 167 milhões de pessoas – adultos e crianças – ficarão menos saudáveis por estarem acima do peso ou obesas. A Pan American Heath Organization explica que a doença prejudica diversos órgãos do corpo, entre eles o coração, fígado, rins e também as articulações, afetadas pelo excesso de peso.

De acordo com o estudo conduzido pelos cientistas, uma substância nomeada como KDS2010 consegue se conectar a uma importante enzima encontrada nas células encefálicas conhecidas como astrócitos, contribuindo para a regulagem no peso do indivíduo através de um tratamento capaz de combater a obesidade em sua origem: no hipotálamo.

O hipotálamo é a região do cérebro responsável por fazer o equilíbrio entre a ingestão de comida e o gasto de calorias, portanto quando há alguma instabilidade nessa área a tendência é de que o indivíduo desenvolva sobrepeso. Durante os testes, os pesquisadores estimularam o grupo de neurônios GABRA5 conseguindo diminuir o peso de camundongos obesos.

Conforme explica o estudo, esse resultado foi obtido a partir da desaceleração dos neurônios GABRA5 através de um processo que realizado por meio de um neurotransmissor inibitório. Em síntese, o foco da pesquisa é permitir que os neurônios responsáveis pela perda de peso operem normalmente estimulando o metabolismo no tecido adiposo (gordura).

Assim, a partir da substância KDS2010 o paciente consegue emagrecer sem perder o apetite. Os testes ainda não foram conduzidos em humanos, portanto é preciso seguir as orientações tanto da OMS quanto do Ministério da Saúde de manter uma rotina de exercícios físicos e alimentação balanceada.

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