A Sky Brasil comunicou nesta semana à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia do governo federal, que desistiu de comprar a base de usuários de TV paga por satélite (DTH) da Oi, que sinalizou a intenção de recorrer à Justiça contra o cancelamento.

De acordo com a Oi, a rescisão foi “unilateral” e em desacordo com os termos assinados entre as partes em 28 de abril de 2022. A empresa destacou que a Sky se comprometeu a comprar a base DTH da operadora e a contratar serviços de infraestrutura IPTV.

“A Oi informa ainda que iniciará uma nova discussão com a Sky quanto às consequências da referida rescisão unilateral, sendo certo que, caso as subsequentes interações se tornem infrutíferas, avaliará as medidas cabíveis para resguardar os seus direitos”, afirmou a empresa em comunicado.

O acordo tinha valor informado à Justiça de R$ 786 milhões e chegou a ser homologado no âmbito da primeira recuperação judicial da Oi. A operadora afirmou, ainda, que forneceu todas as informações necessárias à conclusão da transação.

Vale lembrar que a Oi vendeu a sua divisão de telefonia móvel para Claro, TIM e Vivo no ano passado como parte do processo de recuperação judicial. Já a base de usuários de TV paga por satélite (DTH) da empresa estava prevista para ser comprada pela Sky.

Porém, o mercado de TV por assinatura vem encolhendo nos últimos anos. Atualmente, a Sky tem 3,58 milhões de clientes no DTH, enquanto a Oi possui 1,5 milhões de assinantes, conforme os dados da Anatel, que não separam a base pré-paga da pós-paga.

Atualmente, a Oi tem a sua atuação focada no serviço de banda larga fixa e a venda desse ativo é importante para a empresa. A negociação sobre o assunto pode acabar em dezembro, mas a possibilidade de se estender até 2024 não está descartada.