A General Motors, multinacional dona da Chevrolet e outras montadoras, negou os boatos que apontavam para a possibilidade da empresa seguir o mesmo caminho de sua concorrente Ford e deixar o Brasil. Os rumores surgiram quando a companhia anunciou a demissão em massa nas fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.

Os cortes, no entanto, foram cancelados pela GM após uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) rejeitar o pedido de liminar da norte-americana para que as demissões fossem mantidas. Além disso, a dificuldade da montadora na China também acendeu um sinal de alerta para a possibilidade dos executivos recuarem em alguns mercados, entre eles o brasileiro.

O vice-presidente de comunicação e relações governamentais da GM do Brasil, Fábio Rua, negou os boatos que apontavam para a saída da empresa do mercado nacional durante o Congresso AutoData Perspectivas 2024. Em uma fala firme e sintetizada, o representante afirmou que "a GM não sairá do Brasil" revelando também um novo ciclo de investimentos.

Segundo Rua, no próximo ano a empresa irá "reforçar seu compromisso com o futuro e descarbonização" apontando para a possibilidade de novos aportes no segmento de veículos híbridos, algo até então descartado pela cúpula da GM. Na ocasião, o porta-voz deu breves indícios sobre os planos, emitindo a seguinte declaração:

"Temos compromisso com o futuro e com a descarbonização. Novas tecnologias ao longo do tempo podem dar as caras e mostrar que elas são tão ou mais eficientes do que o carro a combustão. Não podemos negar a possibilidade, de lá na frente, termos a célula a combustível, híbrido. Não sei o que o futuro nos reserva, não só em termos de inovação como de escala e de competitividade”.

Rua ainda aproveitou para justificar que ninguém tem certeza sobre o futuro, portando não é possível prever com exatidão como estará o mercado nos próximos anos ou décadas.

“Nossa meta é o elétrico para 2035. Novas tecnologias ao longo do tempo podem dar as caras. E podem mostrar que elas são tão ou mais eficientes do que o carro a combustão. Não podemos negar a possibilidade, de lá na frente, [termos carro] a célula a combustível, híbrido… não sei o que o futuro nos reserva, não só em termos de inovação como de escala e de competitividade”.